Ex-fiel da igreja liderada por Marcos Pereira, que está preso desde 7 de maio, disse em depoimento que temia ser assassinada.
RIO - Quatro testemunhas
confirmaram em depoimento as acusações de estupro contra o pastor Marcos
Pereira da Silva, conhecido por intermediar rebeliões em presídios. Elas foram
ouvidas na 2.ª Vara Criminal de São João de Meriti no processo em que o pastor
é acusado de violentar uma ex-fiel da Igreja Assembleia de Deus dos Últimos
Dias. Marcos Pereira está preso desde 7 de maio, acusado de dois crimes de
estupro e de coação no curso do processo (por ter ameaçado uma testemunha que
depôs contra ele).
A vítima foi ouvida por duas
horas e meia. Ela confirmou as acusações e disse que, na época, via o pastor
"como um enviado de Deus", informou em nota a assessoria de Imprensa
do Tribunal de Justiça. A mulher contou ainda que temia ser assassinada a mando
do pastor.
Outras três testemunhas
confirmaram terem sofrido abuso por parte do pastor, quando ainda frequentavam
a igreja. Duas tinham menos de 18 anos. Elas contaram que foram obrigadas a
participar de orgias.
Duas testemunhas de defesa
declararam desconhecer "qualquer fato que desabonasse o pastor".
Pereira negou as acusações. Ele acusou integrantes da ONG AfroReggae de terem
convencido as testemunhas a depor contra ele.
No mês passado, a mulher do
pastor foi indiciada pela polícia pelo crime de denunciação caluniosa. Ela
inicialmente contou aos policiais da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), que
investigam o crime, que também foi vítima de estupros praticados pelo marido.
Depois desmentiu a história.
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