A cúpula militar egípcia faz em uma reunião de emergência nesta quarta-feira (3), poucas horas depois do presidente islamita Mohamed Mursi ter negado a possibilidade de renunciar, como exigem milhares de manifestantes, afirmou à AFP uma fonte ligada ao exército.
A reunião acontece poucas horas antes do fim do ultimato de 48 horas que o exército deu na segunda-feira, até as 16h30 (11h30 de Brasília), para que Mursi "atenda as reivindicações do povo".
Na noite de terça (2), Mursi ressaltou o caráter democrático de sua eleição e afirmou que pretende continuar a governar o país, apesar dos apelos da oposição por sua saída e do ultimato do exército.
O chefe de Estado, que discursou à nação pela TV, declarou: "O povo me escolheu em eleições livres e justas". Ele acrescentou que "continuará a assumir a responsabilidade" do país e que "não há alternativa a não ser a legitimidade".
Mursi também disse que está preparado para "dar sua vida" para proteger esta legitimidade que, segundo ele, é "a única garantia contra o derramamento de sangue", respondendo implicitamente àqueles que consideram que sua saída permitiria resolver as tensões no país.
O presidente renovou seu apelo ao diálogo para solucionar a crise no país, algo que a oposição já ignorou em diversas ocasiões, considerando que essa postura não passa de uma fachada.
Mursi reafirmou que "as portas estão abertas para o diálogo nacional" para tirar o país da crise, o que já foi ignorado pela oposição algumas vezes por desconfiança.
Ao mesmo tempo, o presidente alertou para "a armadilha da violência, na qual, se cairmos, não terá fim".
Mortos na madrugada
Depois do pronunciamento de Mursi, a multidão reunida na emblemática praça Tahrir, no Cairo, gritava para o presidente: "Renuncie, renuncie! Não queremos você!"
Dezesseis pessoas morreram e 200 ficaram feridas em um ataque contra manifestantes pró-Mursi nos arredores da Universidade do Cairo", informou a TV estatal, citando o ministério da Saúde. "Os agressores nos atacaram com armas de fogo. Carreguei um homem baleado na cabeça", disse à AFP Mustafa Abdelnasser, partidário do presidente.
Manifestantes pró e anti-Mursi voltaram a mobilizar multidões na terça, na véspera do fim do ultimato dado pelo Exército para a renúncia do presidente.
Sete pessoas já haviam morrido na terça em confrontos entre manifestantes pró e anti-Mursi no Cairo, onde grandes protestos sacodem a cidade. Esses enfrentamentos registrados no bairro de Gizé também deixaram dezenas de feridos, incluindo alguns atingidos por tiros, indicaram as fontes. Tumultos também eclodiram em outros bairros da periferia do Cairo e na província de Beheira. (Com agências internacionais)
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