sábado, 13 de julho de 2013

DIA 13 DE JULHO É CONSIDERADO O DIA MUNDIAL DO ROCK



 
Nunca alguém, nem por força de decreto, teve a presunção de datar um dia para o rock até que, em 1985, surgiu em cena um frustrado rockstar irlandês convertido em ativista político chamado Bob Geldof e seu megalômano projeto de criar um festival em escala planetária para angariar fundos para a fome que castigava a Etiópia. Então chegou o dia 13 de julho, com um grandiloquente concerto transmitido a partir de Londres (Inglaterra) e da Filadélfia (Estados Unidos) para mais de 100 países, cuja audiência foi estimada em 1,5 bilhão de espectadores. 

Nos palcos - que também se estenderam para Sidney (Austrália), Moscou ( Rússia) e Tóquio (Japão) - a casta mainstream do rock mundial: Queen, Led Zeppelin, Black Sabbath, The Who, Paul McCartney, U2, David Bowie, Elton John, B. B. King, Neil Young, Bob Dylan etc. Na carona da causa também entraram as popstars Madonna e Sade e os rappers do Run-DMC. A fome está longe de ser saciada na África, mas a data permanece aí, na oportuna apropriação de Geldof para mitificar a sua empreitada. 

Salvo ele e os devotos do 13 de julho (e para o comércio ficou a$$ az pertinente), nunca ninguém se preocupou em datar o rock porque não há razão. Quem sabe o 15 de agosto? Foi o Woodstock, em 1969. Ou o lançamento do primeiro single do rei Elvis Presley, That’s All Right Mama (1954)? Quem sabe o advento dos primeiros registros de pioneiros como Chuck Berry, Little Richards, Fats Domino, Bill Halley, Boddy Holly e Ike Tuner? Ou, lá atrás, no 16 de agosto de 1938, data da morte do guitarrista Robert Johnson? 

O bluesman do Mississipi foi a fonte para os grandes guitar heroes do rock e morreu aos 27 anos, inaugurando a folclórica galeria das personas que não chegaram aos 28. Tem mais: a lenda diz que Johnson teria feito um pacto com o diabo em troca do sucesso. Moral da história: Elvis mal havia largado as fraldas e já tínhamos um rockstar por excelência. Se a tentativa de datá-lo vingou para alguns - algo que parece perigosamente antirrock e poser no jargão roqueiro -, o mesmo não se pode dizer a respeito da sua morte. Tentou-se em 3 de fevereiro de 1959 com a tragédia que matou os pioneiros Richie Vallens, Boddy Holly e Big Bopper. 

A história inspirou a canção American Pie, de Don Mclean, cuja letra pode ser tomada como mantra para renovar a relevância do rock e não será nenhuma lei ou "boa intenção" (Robert Johnson deve estar cercado delas) que fará você mudar o seu calendário afetivo: "Muito tempo, muito tempo atrás/ eu ainda consigo me lembrar/ como aquela música me fazia sorrir".
 
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