segunda-feira, 15 de julho de 2013

OBAMA PEDE CALMA APÓS ABSOLVIÇÃO DE VIGILANTE ACUSADO DE MATAR ADOLESCENTE NEGRO



O presidente americano, Barack Obama, pediu neste domingo que os americanos fizessem uma "reflexão calma" depois que o vigilante voluntário George Zimmerman, acusado de matar um adolescente negro em 2012, foi absolvido pela Justiça.
O veredicto desencadeou uma série de protestos em várias cidades dos Estados Unidos, como San Francisco, Filadélfia, Chicago, Washington e Atlanta. Em Oakland, na Califórnia, alguns manifestantes iniciaram pequenos incêndios e quebraram janelas.
Zimmerman foi acusado de matar o adolescente Trayvon Martin, que estava desarmado, em fevereiro de 2012. Mas, no sábado, ele foi absolvido da acusação de homicídio culposo em um tribunal de Sanford, no Estado da Flórida.
Antes mesmo do pronunciamento do veredicto, manifestantes já estavam reunidos em frente à corte onde Zimmerman estava sendo julgado.
De acordo com o correspondente da BBC na Flórida David Willis, há mais protestos planejados para o Estado e a polícia já fez planos para conter os tumultos.
Em meio aos protestos, o presidente americano divulgou uma declaração em que afirmou que a morte de Trayvon foi uma tragédia e também pediu a retomada do debate sobre a violência gerada pelo uso de armas no país.
Segundo a declaração de Obama, a morte de Trayvon Martin "foi um tragédia. Não apenas para a família dele, ou para qualquer pessoa da comunidade, mas para os Estados Unidos."
"Sei que estes caso suscitou paixões. E, logo após o veredicto, sei que estas paixões podem estar ainda mais fortes. Mas, somos uma nação de leis e o júri se pronunciou."
O presidente afirmou ainda que todos os americanos devem respeitar o pedido feito pela família Martin, de reflexão calma, e que "enquanto fazemos isto, devemos nos perguntar se estamos fazendo tudo o possível para ampliar o círculo de compaixão e compreensão em nossas próprias comunidades".
"Devemos nos perguntar se estamos fazendo de tudo para deter a maré de violência gerada pelas armas que leva muitas vidas neste país diariamente. Devemos nos perguntar, como indivíduos e como sociedade, como podemos evitar tragédias como esta no futuro", afirmou Obama.
"Como cidadãos, este é um trabalho para todos nós. Esta é a forma de honrar Trayvon Martin."
Zimmerman, que se identifica como hispânico, atirou e matou Trayvon Martin no ano passado em um caso que repercutiu em todo o país.
Martin, de 17 anos, morreu quando seguia para a casa do pai em Sanford. Ele usava um agasalho com capuz e não portava armas.
Promotores afirmavam que Zimmerman matou o adolescente motivado por racismo, mas a defesa afirmou que o vigilante voluntário atirou em legítima defesa, já que tinha sido atacado por Martin.

Intervenção

Grupos de defesa dos direitos civis nos Estados Unidos também pediram calma à população neste domingo, mas protestaram contra a absolvição de Zimmerman.
O ativista Jesse Jackson declarou à rede de televisão CNN que estava "chocado com a decisão. O Departamento de Justiça precisa intervir para levar isto (o veredicto) a outro nível".
Para Jackson, o "sistema jurídico americano mais uma vez fracassou com a Justiça".
Jackson no entanto afirmou que os manifestantes que forem para as ruas tentando fazer justiça com as próprias mãos vão "prejudicar o sangue inocente e o legado de Trayvon Martin" e pediu calma.
Al Sharpton, outro ativista americano, afirmou que o veredicto foi um "tapa na cara do povo americano".
Ele comparou o caso com o caso de Rodney King, que foi vítima de um episódio de violência policial que deu início a uma onda de violência e tumultos em Los Angeles há mais de 20 anos.
A Associação Nacional para o Avanço das Pessoas de Cor (NAACP na sigla inglês), uma das mais influentes organizações civis para os direitos dos negros, iniciou um abaixo-assinado para exigir que o Departamento de Justiça abra um caso de direitos civis contra George Zimmerman. Até este domingo, já havia recebido 350 mil assinaturas.
E, enquanto a tensão aumenta, a família de Zimmerman afirma que ele recebeu ameaças em sites de redes sociais e, o irmão dele, Robert, afirma que há "agora mais do que nunca razões para acreditar que as pessoas estão tentando matá-lo".
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