quinta-feira, 11 de julho de 2013

TROPAS FRANCESAS INVADEM EX-COLÔNIA AFRICANA


Desde o dia 11 de janeiro, o Mali está sob a intervenção francesa, com o apoio das principais potências imperialistas (EUA, Alemanha e Inglaterra) e também do Conselho de Segurança da ONU. A justificativa do presidente François Hollande, do Partido Socialista francês, é o “combate ao terrorismo”. Nada mais falso. Da mesma forma que os Estados Unidos invadiram e ocuparam o Afeganistão e o Iraque, a intervenção do imperialismo francês não tem outro objetivo a não ser o de manter o controle sobre sua ex-colônia e impedir que o povo Tuareg, que luta pela sua autodeterminação, consolide os avanços que conquistaram em sua luta.
 
Um pouco de história: a independência e os Tuaregs
O Mali tornou-se colônia francesa no final do século 19. Em 1960, conquistou sua independência. Apesar de, num primeiro momento, o país estreitar laços com a ex-União Soviética e ser dirigido por nacionalistas, o controle francês da região sempre esteve presente. Após a crise das dívidas dos anos 80, este controle ganhou mais força através da privatização e da presença de multinacionais no ramo da telefonia (Orange), na produção e distribuição de eletricidade (Bouygues), nas minas, na produção do algodão etc.
Um dos problemas que afeta o Mali, decorrente da presença imperialista na África a partir do século 19, foi justamente a divisão entre povos que habitavam a região, a exemplo dos Tuareg: um povo seminômade que habita a região entre Argélia, Mali, Níger, Líbia, Chade, Burkina Faso e Nigéria. Estima-se que existam cerca de 1,5 milhões de Tuareg. Desde a independência do Mali, os conflitos com os Tuareg foram constantes, pois este povo reivindica a construção de seu próprio Estado nacional.
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