quarta-feira, 24 de julho de 2013

OBAMA ADIA ENVIO DE CAÇAS AO EGITO APÓS EXÉRCITO CONVOCAR PROTESTOS

 
O presidente dos EUA, Barack Obama, decidiu adiar o envio de caças F-16 ao Egito. A informação partiu do Pentágono. 
"Devido à situação atual no Egito, não acreditamos que seja apropriado ir adiante neste momento com a entrega dos caças F-16", afirmou o porta-voz George Little à imprensa.
O governo dos EUA já havia anunciado que reavaliaria sua ajuda financeira ao governo do Egito, após países árabes anunciarem uma doação conjunta de US$ 12 bilhões ao país árabe. Os EUA enviam anualmente US$ 1,5 bilhão ao Cairo.
A entrega de quatro caças F-16 ao governo interino do Egito, adiada nesta quarta-feira (24), foi mantida à época. A previsão de novos protestos convocados pelos militares parece ter provocado uma mudança na postura de Washington.
Quase um mês após o golpe que tirou o presidente Mohamed Mursi do poder, a situação no Egito ainda é tensa. As manifestações nas ruas são constantes, e é comum haver confrontos entre os grupos favoráveis ao golpe de Estado aplicado pelos militares no país e os integrantes da Irmandade Muçulmana, grupo político de Mursi.
Os opositores de Mursi acusam a Irmandade pelas mortes nos protestos; os integrantes da Irmandade responsabilizam o Exército e se dizem vítimas de perseguição.

General convoca protestos

Nesta quarta-feira (24), o general que encabeçou a retirada à força de Mursi, Abdel Fatah al-Sisi, convocou a população a ir às ruas na sexta-feira (26) para legitimar a ação do Exército contra os opositores do golpe.
Como não está claro o que o chamado de Sisi significa; o temor é de que haja mais violência na repressão aos manifestantes.
A Irmandade Muçulmana disse que irá às ruas defender a volta de Mursi ao poder, enquanto o grupo Tamarod, um dos principais organizadores dos protestos que terminaram por tirar Mursi do poder, disse que o grupo atenderá à convocação do general.

EUA não falam em golpe

Até o momento, o presidente Barack Obama não chamou de golpe a deposição de Mursi, pelas Forças Armadas, no golpe do dia 3 de julho. O motivo é que, se o fizer, pela lei dos EUA, o auxílio financeiro ao país deve ser suspenso.
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