Fernando Henrique Cardoso, que usa a grife FHC, é o nome e sobrenome do conspirador-chefe. É ele quem concebe, articula e organiza a estratégia para desestabilizar e derrubar a Presidente Dilma. É ele, enfim, o cérebro, o autor intelectual da estratégia golpista.
Os líderes verdadeiros entram na história. São personagens transcendentes, que legam ao seu povo e à sua Nação obras civilizatórias, virtudes democráticas e valores morais que inspiram a humanidade.
FHC, entretanto, não passa de um ex-presidente medíocre. Ele jamais fará parte da galeria dos grandes líderes da história do Brasil habitada por Getúlio, Jango, Brizola e Lula. Isso é terrível para o narcisista que vive afagando o ego com a fantasia de ser considerado, pelos bajuladores, o “príncipe dos sociólogos”.
FHC decidiu pertencer, na história do Brasil, ao lugar ocupado pelos bastardos da nossa democracia, onde jaz o “corvo” Carlos Lacerda. Ele assumiu, nesta segunda década do século 21, o papel que o “corvo” desempenhou nos anos 1940 a 1960 do século passado.
A semelhança entre os dois impressiona: passaram pela esquerda, degeneraram ideologicamente na trajetória final da vida e adotaram o mesmo manual de conspiração: Dilma não poderia ser eleita; se eleita, não poderia ser empossada; como foi empossada, não deixarão governar.
Na sua lógica golpista, FHC entende que o governo Dilma, eleito com 54.501.118 votos para governar até 2018 e que recém está no oitavo mês do mandato, é “ilegítimo”. Por isso, exige a renúncia da Presidente, pois de outro modo ela será derrubada a “golpes de Lavajato”.
Qual é, afinal, o critério de legitimidade de FHC? A soberania e a vontade popular seguramente não é; e tampouco o respeito às regras do jogo, às Leis e à Constituição.
Nessa métrica conspiradora, a fonte da legitimidade também não está nas 54.501.118 pessoas que elegeram Dilma, mas nas 135 mil que pediam o impeachment na Avenida Paulista: segundo o Datafolha, 77% eram brancos, 75% votaram no Aécio em 2014 e 85% têm renda alta.
O ex-presidente, que algum dia pediu para se esquecer o que escreveu e que mancha sua participação na luta contra a ditadura, merece voltar ao descanso no sarcófago da insignificância, de onde não deveria ter saído para assumir este triste e decadente papel de conspirador-chefe.
Fonte: Carta Maior
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