quinta-feira, 13 de agosto de 2015

BRASIL: DILMA, 'BRASIL SÓ SERÁ RESPEITADO NO MUNDO SE A SOBERANIA POPULAR FOR RESPEITADA'


Segundo Dilma, a política externa não só é um instrumento de projeção do país, mas um elemento fundamental de nosso projeto nacional de desenvolvimento.

“O Estado nacional brasileiro só será respeitado no mundo na medida em que, em nosso território, se exerce e se respeita plenamente a soberania popular”, afirmou a presidenta Dilma Rousseff nesta quarta-feira (12), no Palácio do Itamaraty, onde participou da cerimônia de formatura da turma Paulo Kol 2013-2015, do Instituto Rio Branco, e da condecoração aos primeiros colocados da turma com insígnias da Ordem do Rio Branco. Paulo Kol era jornalista e professor do Instituto Rio Branco e faleceu neste ano.

“Essa soberania”, continuou a presidenta, “significa submissão à vontade geral, expressa nas urnas. Dela depende o cumprimento do programa econômico, social e político de mudanças que a sociedade escolheu majoritariamente."

Ela disse aos novos diplomatas que cabe a eles cuidar para que os fatores internacionais não criem constrangimentos ao livre exercício da soberania popular e, ao mesmo tempo, fazer desta um trunfo maior de nosso pertencimento à comunidade internacional.

Dilma Rousseff destacou para os formandos também que hoje o Brasil é reconhecido como protagonista internacional. “Não haverá dificuldades que possam interromper nossa trajetória de relevante presença no mundo”, assegurou.

Acerca da liderança brasileira no cenário internacional, a presidenta defendeu a soberania das nações e o respeito ao multilateralismo. “São duas faces da democracia, que nos impõem respeitar a diversidade de nossas sociedades e aquelas que o mundo apresenta”.

Segundo Dilma, a política externa não só é um instrumento de projeção do país no mundo, mas um elemento fundamental de nosso projeto nacional de desenvolvimento. “A integração pressupõe democracia. Ela só foi possível quando os povos de nossa região derrotaram as ditaduras no século passado”. Qualquer interrupção do processo democrático, não importa de que forma ela se manifeste, poria em risco a integração regional.

A mesma preocupação em favorecer a formação de um mundo multipolar esteve na origem da constituição do Ibas, com a Índia e a África do Sul e, juntamente com a China e a Rússia, na criação do Brics. “Esse último bloco experimentou extraordinário avanço nos dois últimos anos, desde que, na reunião de cúpula de Fortaleza, decidimos criar o Novo Banco de Desenvolvimento do Brics e constituir o Acordo Contingente de Reservas.”


Fonte: Carta Maior

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