quinta-feira, 20 de agosto de 2015

BRASIL: A GLOBO E O APARTAMENTO ATRIBUÍDO A LULA NO GUARUJÁ


Lula processa Globo por apartamento atribuído a ele no Guarujá. Ex-presidente foi à Justiça pedir reparação por danos morais em razão de reportagens que apontam que ele seria dono de um triplex no litoral paulista. Após tomar conhecimento da ação judicial, Globo tentou se justificar

O ex-presidente Lula foi à Justiça contra o jornal O Globo para pedir reparação por danos morais em razão de reportagens publicadas pelo jornal que apontam que ele seria dono de um triplex no Guarujá, litoral de São Paulo, e que o apartamento estaria ligado de alguma forma ao doleiro Alberto Youssef, investigado na Lava Jato.

Em nota, o Instituto Lula acusa a publicação da família Marinho de cometer “graves mentiras”, mesmo depois que a história havia sido esclarecida pela entidade. Leia abaixo a íntegra:

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou nesta terça-feira (18) com uma ação pedindo reparação por danos morais contra matéria publicada pelo jornal O Globo, intitulada “Dinheiro liga doleiro da Lava-Jato à obra de prédio de Lula”. O diário carioca publicou no dia 12 de agosto uma reportagem na qual afirma que o ex-presidente seria dono de um apartamento triplex no Edifício Solaris, no Guarujá (SP), e que o empreendimento estaria ligado de alguma forma ao doleiro Alberto Youssef.

Antes da publicação do artigo, o Instituto Lula esclareceu ao jornalista, que Marisa Letícia, esposa do ex-presidente, adquiriu a prestações, uma cota no empreendimento e que a família do ex-presidente não tem nenhum apartamento, quanto menos um tríplex. Não foi a primeira vez que isso foi esclarecido a este repórter e o jornal carioca optou por dar continuidade a mentira que vem repetindo desde dezembro do ano passado.

O autor da matéria insistiu na versão mentirosa, com amplo destaque tanto na versão impressa do jornal, quanto na internet. O Instituto Lula respondeu ao Globo em nota no dia 14 “Lula não tem apartamento no Guarujá. E se tivesse?”.

Em sua edição de sábado (15 de agosto), o jornal tentou justificar a atribuição da propriedade do imóvel pelo ex-presidente por informações passadas pela “vizinhança”, ou seja, fez um jornalismo baseado em fofocas de corredor de prédio.

A ação demonstra que a matéria teve claro caráter difamatório e o mero registro burocrático do outro lado não compensa os danos morais causados pela veiculação de graves mentiras. Que foram criadas relações que não existem entre uma cota de empreendimento adquirida a prestações pela família do ex-presidente e Alberto Youssef, criminoso reincidente.

Leia aqui a íntegra da ação. Recomendamos a leitura para a compreensão do caso e a percepção da gravidade das ilações e erros jornalísticos cometidos pelos jornalistas de O Globo.

O jornalista Paulo Nogueira, do DCM, comentou o episódio em texto publicado nesta quarta-feira. Leia abaixo:

Lula é o alvo da plutocracia.

Isso está claro. Dilma, com as unhas aparadas, fica até 2018.

O problema é Lula.

Quem poderia enfrentá-lo na direita? São todos mirins. Ao mesmo tempo, também o PT, sem Lula, vira um adversário muito mais fácil de bater.

Tirar Lula é a prioridade, portanto.

A mídia comanda, como sempre, a perseguição.

Vale tudo, como você pode observar. A prova não está na Veja, que há dez anos, semana sim, semana não, anuncia o fim de Lula.

Esqueça, portanto, a Veja, que figura já no manicômio da imprensa.

Mas repare no Globo.

Numa coisa, em particular. Dias atrás, Lula desmentiu ser dono de um apartamento no Guarujá que ele poderia comprar com o dinheiro de uma palestra.

O Globo respondeu oficialmente. É o tipo de resposta que quem milita ou militou na imprensa sabe que foi lida e aprovada pelos patrões.

Isso dá a ela mais importância ainda.

A contraargumentação da Globo é centrada, toda ela, na vizinhança.

Não há um único documento, não há uma única prova.

A vizinhança disse.

Quem é essa enigmática vizinhança, o leitor não fica sabendo. Batata.

Mas que cultura editorial é esta que baseia uma denúncia – porque era este o tom do Globo – na vizinhança?

Parece piada, parece coisa do Sensacionalista. Mas é o Globo nesta fase mata-Lula.

A vizinhança disse que Lula foi visto “três vezes” no prédio.

Ainda que fosse verdade – onde uma foto neste tempo de orgia de selfies? – o que significa Lula ter ido ao prédio além disso mesmo, que ele foi ao prédio?

Isso é evidência de propriedade? Só para quem deseja atacar a qualquer preço.

A resposta do Globo evoca a vizinhança, mais uma vez, para dizer que Lulinha foi o responsável por uma reforma no apartamento alegadamente de Lula.

Sempre ela, a vizinhança.

Mais uma vez, nem uma só foto de Lulinha? Se foi mesmo o responsável, deve ter ido ao apartamento várias vezes.

Poderiam ter fotografado à distância, se quisessem. Ou de perto, se alguém da vizinhança se apresentasse a Lulinha amigavelmente.

Não é todo dia que você encontra o filho de um presidente, e ainda mais um no centro de tantas acusações como Lulinha.

Nada.

E finalmente a mulher de Lula, Mariza, também é invocada na resposta do Globo.

Mariza cuidou da decoração, segundo – adivinhe – a vizinhança.

O assunto todo é de extrema irrelevância. Qualquer palestrante – Merval, Jabor, Míriam Leitão etc – compra um apartamento daqueles com um pé nas costas. Que dirá Lula, com cachês de astro do circuito internacional de palestra?

O que é desimportante vira assunto sério por um único motivo: mostrar que o Globo não vai ter limites na perseguição a Lula.

O que se deve esperar não é jornalismo. É caça mesmo.


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