Analice de Souza, de 31 anos, utilizou as redes sociais para denunciar a agressão que sofreu dentro da própria casa por um funcionário da NET. A fonoaudióloga recebeu vários pontapés mesmo após ter caído no chão
Revista Fórum
A fonoaudióloga Analice de Souza, de 31 anos, utilizou seu perfil no Twitter para denunciar a agressão de que foi vítima por parte de um funcionário da NET no último sábado (22). Na rede social, ela postou imagens que a mostram imobilizada em um hospital. As informações são do portal Extra.
Segundo Analice, o agressor é um técnico enviado à sua residência, em Belo Horizonte, para resolver um problema com a TV a cabo. Ele teria agido de forma estranha desde que chegou para prestar o serviço. “Ele entrou, sentou na cadeira da sala, colocou dois fones de ouvido e começou a conversar com o supervisor dele. Ficou meia hora o telefone e, depois, virou para mim e disse: ‘liga para o serviço de atendimento e pede para eles mudarem seu status de cancelado para ativo’”, relatou ao Extra. “Fiz até em viva voz para ele ouvir. Ele voltou a ligar para o supervisor e disse que não faria o serviço, uma vez que ele estava cancelado. Então, minha mãe disse: ‘Não pode isso, se você veio aqui para fazer o trabalho, tem que fazer. Ninguém pediu para cancelar’”.
A fonoaudióloga conta que, após a intervenção de sua mãe, uma idosa de 67 anos, o homem passou a ter comportamento violento. “Ele foi para dar um soco nela, eu entrei na frente e o golpe pegou em mim. Eu fui pegar meu celular para tirar uma foto do crachá dele para fazer uma reclamação na NET. Nessa hora, ele pegou meu celular e arremessou longe”, detalhou. “Então, ele me jogou no chão, começou a chutar minha cabeça e minhas costas. Eu estava preocupada em proteger meus dentes, eu estava muito preocupada. Ele continuou me chutando e conseguiu golpear a barriga e perna. Eu estou cheia de hematomas.”
Enquanto a mãe de Analice tentava ligar para a polícia, o técnico deixou o local. A vítima teve de ser encaminhada ao pronto-socorro, onde realizou exames e passou a noite em observação. Depois de liberada, foi registrar a ocorrência em uma delegacia, mas, por meio de reportagem publicada num site local, descobriu que o agressor também havia aberto um boletim de ocorrência contra ela alegando que havia apanhado das duas mulheres. “Se você olhar para mim e para a minha mãe, vai ver que não temos a menor condição de agredir um homem. Eu mal consigo abrir uma vasilha de maionese, minha mãe tem 67 anos e é super debilitada”, contesta, indignada.
O fato está sendo investigado pela Polícia Civil de Minas Gerais. A reportagem contatou a NET, mas não obteve retorno. Este não é o primeiro caso de abusos envolvendo funcionários da empresa. Em maio, um de seus atendentes foi demitido após ter assediado uma jornalista de São Paulo por meio de mensagens enviadas pelo aplicativo WhatsApp.
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