Eduardo Jorge participou das manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff no último domingo. Questionado sobre a fotografia ao lado de um jovem que segurava um cartaz com os dizeres "Menos Marx, Mais Mises", o ex-presidenciável divulgou uma justificativa
Presente na manifestação deste domingo (16) em São Paulo, o ex-presidenciável Eduardo Jorge (PV) afirmou que não é golpe pedir impeachment da presidente Dilma.
“Dizem alguns do governo atual que pedir impeachment é golpe. Que conversa fiada! Fui do PT e da direção do PT vinte e tantos anos. Dediquei um terço da minha vida a ele e lembro muito bem: éramos a favor do impeachment em tudo. É constitucional”, disse.
Ele ponderou, porém, que “tem que ter um rito”. “Não pode ser no atropelo, na força na rua. Tem que ter acusação, defesa, provas”. Eduardo Jorge também descartou o impeachment como solução “mágica” para resolver os problemas econômicos do país.
Foto polêmica
Ex-deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores e reconhecido pelo seu ideário progressista, Eduardo Jorge foi fotografado posando ao lado de um jovem que segurava um cartaz com os seguintes dizeres: “Menos Marx, Mais Mises”.
A imagem correu as redes sociais através de páginas de apoio às manifestações. “Até o Eduardo Jorge já sabe: Menos Marx, Mais Mises! E se chorar muito vai ter Hayek, Ron Paul, Walter Block, Rothbard e Jesus Huerta também”, publicou uma delas.
Eduardo Jorge usou sua conta pessoal do Twitter justificou a imagem: “Para socialistas nervosos e liberais apressados: não vi o cartazete do moço na hora da foto. Só isto. Mini tempestade em mini copo d’água…”
Ludwig von Mises foi um economista e filósofo europeu que defendia o Estado mínimo e o liberalismo econômico. Mises trabalhou como conselheiro econômico do governo fascista de Engelbert Dollfuss na Áustria e defendia a aprovação do fascismo italiano como forma de combate à esquerda. A obra de Mises é, hoje, uma das principais referências teóricas para a direita brasileira.
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