Por Giovanna Consentini, enviada ao #Emergências no Rio de Janeiro, para os Jornalistas Livres
Há algumas semanas um incêndio de grandes proporções avança por terras indígenas no Maranhão. Os focos começaram na terra indígena Caru, onde existem as aldeias Awá e Tiracambu, do povo Awá Guajá, e a aldeia Maçaranduba, do povo Guajajara, além de grupos de indígenas Awá isolados. Os Awá são um dos últimos povos nômades de caçadores-coletores no Brasil. Considerados pela organização International Survival como a “tribo mais ameaçada do mundo”
Os indígenas denunciam que o fogo é criminoso e que os incêndios foram iniciados por madeireiros, em represália à atuação dos guardiões do povo Guajajara, que se organizaram para fazer a autodefesa de seu território frente às falhas do Estado brasileiro em cumprir com esse papel.
“Somos poucos índios para proteger a terra de todo o Brasil. Se entregarmos, nossas florestas irão se transformar em plantação de eucalipto, soja ou cana. O Maranhão está em chamas, nossas terras estão sendo incendiadas por ataques criminosos em consequência do desmatamento ilegal”,
relatou sob fortes aplausos Sônia Guajajara, Coordenadora Executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), durante o evento “Emergências”, que acontece desde 7 de dezembro no Rio de Janeiro.
Segundo o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), cerca de 100 indígenas Guajajara e 30 Awá estão atuando no combate às chamas, coordenados por apenas 45 brigadistas do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Ibama.
Mesa de Culturas indígenas no #Emergências. Foto: Mídia NINJA
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