quarta-feira, 28 de maio de 2014

LIÇÃO AMARGA DA OLIMPÍADA DE MUNIQUE


A Olimpíade de Munique é uma página trágica na história dos Jogos Olímpicos. Há quarenta e dois anos, o terrorismo islâmico espezinhou as leis do mundo olímpico e da igualdade em direitos. Onze atletas da seleção de Israel foram sequestrados e mortos pelo grupo terrorista palestino denominado Setembro Negro.

Os acontecimentos em Munique obrigaram o mundo ocidental a dar uma nova olhada para o terrorismo internacional e a Rússia soviética – a criar o Grupo Alfa do KGB da URSS, um dos destacamentos contraterroristas mais eficazes no mundo.

Os chefes do Setembro Negro haviam decidido sequestrar membros da equipe israelense na Olimpíade de Munique de 1972 ainda um mês e meio antes do início dos Jogos. Eles foram muito dececionados com o fato do Comitê Olímpico Internacional ter recusado a participação da equipe palestina na Olimpíada. Em resultado, como iria revelar um dos líderes de terroristas, Fakhri al-Umari, palestinianos chegaram sem convite aos Jogos.

Tudo decorreu depressa: em 5 de setembro de 1972, às 4h30 de madrugada, o grupo terrorista chegou à Vila Olímpica de Munique e capturou esportistas surpreendidos. Dois israelenses tentaram oferecer resistência e até mataram um atacante, mas foram assassinados por outros terroristas.

Nas palavras de Alex Kogan, perito israelense, o papel fatal nesta tragédia foi desempenhado por um fraco regime de segurança nos Jogos de Munique e a infâmia sem precedentes de terroristas palestinos:

“O regime de segurança não existia como tal. Antes do atentado, os atletas israelenses passeavam pela cidade sem quaisquer guardas. Os terroristas podiam segui-los tranquilamente até a Vila Olímpica. Ninguém podia imaginar que um ato terrorista poderia ocorrer durante os Jogos Olímpicos, grandioso evento de envergadura internacional, e que alguém poderia fazer mal a atletas que não eram políticos ou personalidades públicas”.

Após uma série de conversações sem resultado, as autoridades alemãs foram obrigadas a cumprir as condições de terroristas, concedendo-lhes helicópteros até o aeroporto, onde os esperava, alegadamente, um avião com destino ao Cairo e, na realidade, uma emboscada. Mas tudo terminou tragicamente: uma tentativa fracassada dos reféns levou à morte de todos os atletas.

Segundo Alex Kogan, a ajuda na libertação de esportistas foi proposta reiteradamente à Alemanha por especialistas israelenses, que na altura já tiveram grande experiência na luta contra o terror. Mas a polícia alemã não aproveitou essa possibilidade, o que em resultado levou ao fracasso da operação:

“Como se viria a constatar mais tarde, foram cometidas muitas falhas. Durante 20 anos, os israelenses intentavam processos judiciais contra as autoridades alemãs, exigindo revelar os documentos que foram tornados públicos parcialmente, mostrando que as forças policiais alemãs não estavam preparadas para a semelhante situação. Isso foi testemunhado pelo seu nível de preparação e pela sua atitude para com os acontecimentos. Foi ai que naturalmente a operação antiterrorista levou a numerosas vítimas. Se em lugar de alemães fossem israelenses, a situação poderia desenvolver-se de modo diferente”.

O massacre de Munique deu uma lição amarga à Alemanha e a todo o mundo, obrigando a lançar um novo olhar sobre o terrorismo internacional. Passado exatamente um ano após a tragédia, na República Federal da Alemanha está sendo formado um destacamento de luta contra o terror GSG 9 e na Áustria aparece dentro de alguns anos uma força especial antiterrorismo Cobra.

A União Soviética também não ficou de lado. Seis anos antes dos Jogos Olímpicos de Moscou, por ordem do dirigente do KGB, Yuri Andropov, foi criado o Grupo Alfa, posteriormente um dos mais eficazes destacamentos especiais antiterroristas no mundo.

Felizmente, em 1980, os combatentes do Grupo Alfa não tiveram de cumprir tarefas de luta contra o terror. Muitas missões combativas os esperavam nos anos 90 no Cáucaso do Norte. Mas a sua experiência combativa e operacional foi aproveitada no máximo durante a preparação da Olimpíade em Sochi.

Fonte: Voz da Rússia

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