Uma aura diferente tomou conta das passarelas nesta 42ª edição da São Paulo Fashion Week. Depois do desfile absolutamente maravilhoso e inclusivo no qual Emicida fez seu debut no mundo fashion trazendo modelos dos mais variados padrões de beleza, Ronaldo Fraga também fez sua parte para ajudar a redefinir a relevância do evento.
No início do desfile uma gravação com a voz estilista soou explicando o propósito da apresentação: “O corpo aprisiona e as roupas libertam o ser“. Então 28 modelos transexuaisentraram usando vestidos com praticamente a mesma modelagem, mas com estampas diferentes, inspiradas em bonecas de papel.
O estilista mineiro fez ecoar um assunto que ainda é ignorado por boa parte da sociedade: a transfobia. Ao dar o protagonismo de seu desfile para modelos transexuais, Fraga colocou um holofote gigantesco sobre esta importante temática que não pode mais ser deixada de lado no país. O Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo, segundo um relatório da ONG internacional Transgender Europe.
Além disso, o estilista também provou que a moda é muito mais do que ditar tendências e que deve sim tomar partido em causas de real importância na sociedade em que vivemos. A moda é inclusão, identidade, aceitação e ajuda a criar o mundo onde todos precisam ter voz.
Veja algumas das fotos do desfile:
Todas as fotos © Marcelo Soubhia/Agência Fotosite
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