247 - A possibilidade d e o governo de Michel Temer não sobreviver ao potencial efeito devastador das revelações da delação da Odebrecht já é considerada e discutida por lideranças de vários partidos, incluindo o PSDB e o PT, diz a colunista Mônica Bergamo, da Folha d S.Paulo. A preocupação com a resistência do governo Temer se agravou com a informação de que a lista da empreiteira afetaria diretamente três de seus homens fortes — Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil, Geddel Vieira Lima, da Secretaria de Governo, e Moreira Franco, do Programa de Parcerias de Investimentos —, além da citação ao próprio presidente.
Há quem já tenha até começado a pensar em possíveis substitutos em uma eleição indireta pelo Congresso.
"Alternativas a Temer passaram a ser aventadas e até nomes que poderiam ser eleitos pelo Congresso Nacional, num pleito indireto, em 2017, são citados.
Entre eles está o de Fernando Henrique Cardoso e até o de Nelson Jobim, ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal).
Jobim, que foi ministro dos governos FHC, Lula e Dilma, teria a vantagem de circular por todos os principais partidos, conseguindo um mínimo consenso em caso de crise extrema. E um problema: ele foi contratado pela Odebrecht e atuou como consultor da empresa quando ela começou a ser investigada na Operação Lava Jato.
Em 2017, no entanto, a Odebrecht já teria encerrado a delação, com o pagamento de pesadas multas e a punição de seus dirigentes.
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