segunda-feira, 19 de maio de 2014

CHINA CONSTRÓI REDES HIDROFÔNICAS


Na imprensa norte-americana surgiu recentemente um artigo sobre a preparação pela marinha chinesa da instalação de sistemas hidroacústicos estacionários nas águas costeiras da China.

Os militares estadunidenses ficaram atentos aos novos esforços empreendidos pelos chineses para a defesa contra a ameaça de submarinos dos EUA e seus aliados. Até agora a defesa antissubmarino era considerada um dos aspetos mais frágeis do potencial militar da marinha chinesa.

A ausência de uma defesa antissubmarino eficaz preocupava seriamente os dirigentes militares da China. Antes de mais porque a China passou a ter pela primeira vez umas verdadeiras forças nucleares estratégicas de baseamento naval. Os submarinos nucleares da classe 94 Jin, equipados com mísseis intercontinentais JL-2, deverão estar prontos para entrar ao serviço no corrente ano. No ano passado, a marinha recebeu o primeiro porta-aviões e há, neste momento, mais dois em construção.

Os submarinos nucleares e os porta-aviões são os alvos prioritários dos submarinos inimigos e precisam de ser fortemente protegidos. Caso contrário, os enormes investimentos que eles absorveram terão sido gastos em vão.

O número de submarinos nas marinhas dos países limítrofes da China está aumentando. Em todos os países importantes do Sudeste Asiático incluindo o Vietnã, Singapura, a Malásia, a Indonésia e a Tailândia, estão em curso ou pelo menos em desenvolvimento, planos de aumento ou de criação de frotas de submarinos. Também o Japão está ampliando a sua força de submarinos. Taiwan planeja construir, com a ajuda dos EUA, uma série de oito submarinos. Aumenta a presença no oceano Pacífico das forças de submarinos do principal adversário, que são os EUA.

Como o objetivo principal da China é contrariar as ações da marinha e aviação inimigas nas suas águas costeiras, especialmente dentro do perímetro da primeira cadeia de ilhas, a instalação de um sistema hidroacústico estacionário nessa zona de importância crítica é um passo previsível. Apesar de só agora esses sistemas terem atraído as atenções, na realidade a sua construção foi iniciada pelos chineses ainda em meados e segunda metade dos anos de 1990 nas proximidades dos portos e bases navais mais importantes. Entretanto, as caraterísticas desses sistemas e suas capacidades técnicas continuam sendo um mistério.

A modernização dos meios de deteção hidroacústica chineses começou nos anos de 1980, quando a marinha do exército chinês obteve acesso a uma série de tipos de estações hidroacústicas francesas projetadas para navios de superfície e submarinos. Algumas delas foram, mais tarde, fabricadas sob licença ou copiadas pelos chineses.

A cooperação e a transferência de tecnologias nessa área não terminaram depois da introdução do embargo ocidental ao comércio de armas com a China em 1989. Evidentemente, a China obteve em seguida um largo acesso ao armamento soviético antissubmarino não apenas através da Rússia, mas também através da Ucrânia, do Quirguistão e do Cazaquistão, países onde estavam localizadas as respetivas empresas.

Por um lado, a China teve acesso, ao longo das últimas décadas, a várias fontes de tecnologias de origem ocidental e soviética simultaneamente, estando também trabalhando em grandes projetos na área da deteção de submarinos. Por outro lado, o nível, a partir do qual se iniciou o desenvolvimento do potencial antissubmarino chinês nos anos 80 e 90, era baixo.

Tendo esses fatores em consideração, as capacidades dos sistemas hidroacústicos estacionários chineses são hoje um enorme mistério: eles podem ser totalmente modernos e eficazes, mas também podem ser inúteis perante submarinos das últimas gerações.

Entretanto, a resposta a essa pergunta pode ser fundamental para o desfecho de qualquer confronto militar na região. Certamente, os esforços principais dos serviços secretos estrangeiros serão dedicados a encontrar uma resposta a essa questão no futuro mais próximo, e podemos esperar esforços grandiosos por parte da China para veicular desinformação do adversário precisamente nessa área.

Fonte: Voz da Rússia

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