A primeira mulher-oficial do exército egípcio a chegar ao campo de batalha fala à Voz da Rússia sobre sua vida, seus sonhos e que futuro ela vê para o Egito.
Aliás, todos os demais planos de vida dessa mulher digna sempre se realizaram – como oficial nata, ela sabe definir corretamente as tarefas e realizá-las com precisão.
Alguém dirá que o próprio destino ajudou esta mulher. Talvez. Mas o destino não ajuda a todos. A ela ajuda.
–Meu nome é Ibtisamat Muhammad Abdullah, sou filha do oficial Muhammad Abdullah. Nasci em 1 de fevereiro de 1927. Desde a infância eu queria muito entrar no exército egípcio. Por quê? Porque desde pequena estava cercada de militares. Meu pai e todos meus irmãos eram militares, o marido de minha irmã também era oficial. Eu entendia que eles tinham um ofício muito necessário e importante para a sociedade. E sonhava com momento em que me casaria com um oficial. A propósito, este sonho se realizou. Eu tinha um sonho, totalmente louco, como pensava então, de eu própria servir no exército. Desde a infância eu gostava de ajudar as pessoas e cuidar de quem necessitava de minha ajuda. Por isso eu ingressei numa escola de Medicina, recebi o diploma e fui trabalhar. Certa vez, em 1948, quando a guerra na Palestina já tinha começado, eu li no jornal que precisavam de 75 voluntários para servir no exército.
Eu entreguei os documentos e em um dos hospitais do Cairo e a assessora da rainha do Egito, a senhora Farida, entrevistou-nos. Devo dizer logo que para essas vagas admitiam apenas pessoas de famílias conhecidas. Meu pai era oficial graduado e por este critério eu passei. E minha formação em Medicina também desempenhou seu papel. Depois de algum tempo fomos chamados e recebemos a farda. Eu e uma moça minha colega pensávamos que iríamos servir como soldados rasos. Mas nos deram patentes de oficiais. Eu me tornei tenente e comecei a servir no hospital militar, e as mulheres que eram casadas com o prefeito ou ministros receberam patentes mais altas.
– Como os oficiais-homens tratavam as primeiras mulheres-militares no Egito?
–No fundamental, os oficiais tratavam-nos bem e aceitavam-nos com tranquilidade. Mas alguns olhavam torto para nós, como se quisessem perguntar o que nós fazíamos. Na rua em toda parte as pessoas ficavam surpresas vendo moças fardadas. Mas, no entanto, eu via que elas se alegravam por nós e se orgulhavam de nós. E como nós nos orgulhávamos de nossa farda novinha. Eu até mesmo caminhava de um modo diferente, não como antes. Servir o exército me deu muito. Por exemplo, eu passei a ter mais prestígio entre meus irmãos e irmãs, apesar de ser a mais nova. Eles sempre me pediam conselhos, quando tinham algum problema. Depois, as operações de guerra se intensificaram, havia muitos feridos e foram necessários 10 voluntários para ir à faixa de Gaza. Eu fui a primeira moça em nosso exército a chegar ao campo de batalha. Minha família ficou muito preocupada comigo.
Eu me acostumei rapidamente, mas fiquei aborrecida por não me terem ensinado a atirar. Eu gostaria de que agora o pequeno número de moças que servem no nosso exército aprendesse a atirar.
– É a favor de que moças sirvam no exército?
–Claro. Pois em muitos países elas servem. Por que nós não podemos? Nossas mulheres podem perfeitamente aprender a segurar uma pistola ou metralhadora. Mesmo que agora não seja necessário, mas em caso de mobilização nós estaremos prontas.
Fonte: Voz da Rússia
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