Marginalizadas
por suas famílias ou simplesmente sozinhas no mundo, muitas delas viajam
centenas de quilômetros para chegar lá e ninguém sabe dizer exatamente o
porquê.
A
Índia é farta em lugares sagrados e centros de peregrinação, mas poucos locais
são tão associados com o Deus Krishna quanto Vrindavan, à beira do rio Yamuna,
a poucas horas de carro de Nova Déli.
Krishna, de acordo com o Mahabharata, o mais antigo texto
sagrado da Índia, nasceu em uma floresta nas imediações e foi nesta região que
o jovem flautista flertou com criadoras de cabra conhecidas como 'gopis' e teve
relacionamento amoroso com a bela e divina Radha.
Mas
Vrindavan tem também um lado sombrio e menos amoroso, ela é também conhecida
como ''a cidade das viúvas''.
Basta
passar um pouco de tempo observando a chegada e saída dos peregrinos nos templos
para se ver as viúvas - de um modo geral mulheres idosas, vestidas com roupas
simples e de branco e muitas vezes pedindo esmolas.
No
passado, muitas viúvas chegavam a se atirar nas chamas das piras funerárias de
seus maridos. Ainda que tal prática extrema tenha sido abandonada, a vida de
viúvas na Índia ainda pode ser muito dura.
Consideradas
um sinal de mau agouro, muitas acabam perdendo sua fonte de sustento e são
ostracizadas nas vilas onde moram. Elas são então mandadas embora pelas
famílias de seus maridos, que querem impedi-las de herdar dinheiro ou
propriedades.
Mistério
Ninguém
é capaz de explicar o motivo de Vrindava em particular atrair viúvas de toda a
Índia. Há um total de 6 mil viúvas na cidade e em suas imediações.
Algumas
vêm aqui como peregrinas legítimas que visam destinar seus derradeiros anos aos
préstimos de Radha e Krishna, mas outras chegam à cidade para escapar da
brutalidade a que estão sujeitas por parte de suas famílias ou porque foram
simplesmente descartadas por seus genros e noras como se fossem bagagens
indesejáveis.
Este
é um aspecto da sociedade indiana que o governo do país talvez prefira ocultar
do mundo externo, a despeito de todos legítimos esforços oficiais para
solucionar o problema.
A
organização não-governamental Maitri, baseada em Nova Déli, ajuda a fornecer
alimento e abrigo para algumas dessas viúvas.
Em
um pequeno templo, muitas delas sentam-se de pernas cruzadas no chão, enquanto
jovens voluntários lhes servem porções de arroz e e uma pasta conhecida como
dal.
O governo e os peregrinos podem até impedir
que essas refugiadas morram de fome, mas são menos capazes de impedir
injustiças e de colocar um fim às superstições que ainda vigoram no país.
Para
algumas pessoas na Índia, o mero ato de uma viúva olhar pela janela já
representa uma fonte de profunda má sorte.
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