segunda-feira, 18 de março de 2013

EUA REFORÇAM SISTEMA ANTIMÍSSEIS APÓS AMEAÇAS DA COREIA DO NORTE

Diante das ameaças de um golpe nuclear "preventivo" por parte da Coreia do Norte contra os Estados Unidos, Washington decidiu nesta sexta-feira reforçar seu sistema antimísseis com a mobilização de 14 novos interceptadores sobre a costa oeste de seu território.

 
O regime da Coreia do Norte não está em condições de ameaçar diretamente o território americano e os Estados Unidos são "totalmente capazes" de se defender contra qualquer ataque de mísseis norte-coreanos, reafirmou na última semana a Casa Branca.

Pyongyang, no entanto, avançou nos últimos meses ao lançar com sucesso, em dezembro, um foguete identificado como míssil balístico pelos ocidentais, e realizar em fevereiro um terceiro teste nuclear.

A Coreia do Norte ameaçou na semana passada os Estados Unidos com um ataque "preventivo", e anunciou a revogação dos acordos de não agressão com Seul alcançados em 1953 e que puseram fim à Guerra da Coreia.

Diante desta situação, os Estados Unidos decidiram enviar uma mensagem: irão utilizar 14 novos interceptadores para "se antecipar" às ameaças representadas pelo Irã e, especialmente, pela Coreia do Norte, anunciou o secretário de Defesa, Chuck Hagel.

Os novos 14 mísseis, chamados GBI (Interceptadores Baseados na Terra, por suas siglas em inglês), serão mobilizados até 2017 e se somarão aos 30 mísseis já habilitados e situados nas bases de Fort Greely (Alasca) e de Vandenberg (Califórnia).

Os GBI interceptam mísseis balísticos intercontinentais (conhecidos como ICBM), lançando um vetor que, uma vez no ar, persegue o míssil para destruí-lo.

Uma segunda medida prevê a instalação de mais um radar TPY-2 no Japão, relembrou Hagel. Esse radar, concebido para detectar os lançamentos de ICBMs e sua trajetória, será posto em uma base da força aérea japonesa no noroeste de Kioto, sobre as margens do mar do Japão, chamado Mar do Leste pelos coreanos. 
 
Os Estados Unidos mantêm aproximadamente 28.000 homens na Coreia do Sul e 47.000 no Japão.

Por outro lado, está prevista a instalação de um radar TPY-2 na Turquia com base em um programa da
 
Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) destinado a responder à ameaça balística iraniana.
 
Hagel anunciou que o governo americano também "reestruturará" seus antimísseis SM3, que estão posicionados em navios de guerra, e fará um estudo para encontrar um novo local no país para instalar mísseis GBI.
O chefe do Pentágono também explicou que Washington realizará um estudo ambiental para identificar um novo local possível para mísseis GBI nos Estados Unidos, apesar de não ter especificado sua localização. 
 
Congressistas republicanos exigiram no ano passado a instalação de uma base deste tipo na costa leste dos EUA.
Segundo o número três do Pentágono, James Miller, "os anúncios públicos da Coreia do Norte sublinham a necessidade para os Estados Unidos de continuar a tomar medidas de precaução para pôr em xeque todo ICBM norte-coreano no futuro".
 
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