quarta-feira, 14 de maio de 2014

BRASIL: RODOVIÁRIOS EM LUTA REALIZAM COLETIVA COM A IMPRENSA PARA EXPLICAR OS MOTIVOS DA GREVE NO RIO


Ocorreu na tarde desta terça-feira, 13 de maio, na sede da CSP-Conlutas-RJ uma coletiva de imprensa de representantes de uma comissão de base dos trabalhadores rodoviários em greve e com a direção e a assessoria jurídica da CSP-Conlutas/RJ sobre a paralisação de 48 horas dos rodoviários da capital fluminense que teve início desde à meia-noite de hoje.

A comissão de base relatou as péssimas condições de trabalho que têm provocado o adoecimento da categoria, onde motoristas são obrigados a conduzirem ônibus mesmo sofrendo de vertigens; é constante o assédio moral pelas empresas de ônibus, com ocorrência de ameaças e agressões físicas por parte de “capatazes”, há falta até mesmo de banheiros.

A comissão de base externou ainda a revolta da categoria com a condenação judicial sobre apenas quatro membros da categoria e reivindica que o Ministério Público (MP) investigue a relação entre a Rio Ônibus, a Fetranspor e o sindicato da categoria. A comissão de base denunciou as ameaças que parte da categoria tem sofrido por milicianos na Zona Oeste e dos estranhos dados sobre ônibus depredados que foram fornecidos apenas pela patronal.

Escandaloso mesmo é a denúncia de falsificação de assinaturas na assembleia que "aceitou" o acordo proposto pela Rio Ônibus.

Infelizmente alguns profissionais de imprensa insistem em falar sobre o mínimo de 30% de ônibus circulando. Os advogados que estão assessorando a categoria dos rodoviários confirmam a legalidade da greve e das comissões de base das categorias que se rebelam contra suas durações sindicais, como ocorreu com os garis recentemente. Informaram ainda que a Justiça foi rápida para criminalizar as lutas, mas é lenta na resolução das demandas trabalhistas, já que o dissídio da categoria ainda não foi julgado.

Os advogados denunciaram ainda as detenções arbitrárias sob acusação de depredação e esclareceram que todos os que conseguiram apoio jurídico já foram liberados por absoluta falta de provas.

Apesar da repressão da patronal, da criminalização da Justiça e do Estado, e das calúnias veiculadas na imprensa os rodoviários se mostram dispostos a negociar. Se solidarizam com a população pelos transtornos e responsabilizam o sindicato e a intransigência da patronal em negociar.

Por fim, o representante da Executiva Estadual da CSP Conlutas Renato Gomes denunciou que a exploração dos trabalhadores rodoviários se dá através do aumento do custo de vida que faz com que os salários percam seu valor de compra. Além disso denunciou o risco que a implantação total da dupla função de motorista-cobrador trás aos rodoviários e à população como um todo.

A greve dos rodoviários se dá em um momento em que várias categorias também estão em greve, como os servidores públicos federais e os profissionais de educação da redes públicas ou se mobilizando como os próprios policiais federais.

Fonte: Voz da Rússia

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