Antes de realizar a leitura deixe de lado a religião.
O deputado Marcos Feliciano (PSC-SP), que já classificou os africanos como “descendentes amaldiçoados de Noé”, avisa:
“Nunca me passou pela cabeça presidir a Comissão
de Direitos Humanos, mas agora com tanto ataque, deu até vontade”.
A vontade manifestada no Twitter pelo deputado, pastor, escritor, cantor
e apresentador de tevê é resultado de uma avalanche de críticas sofridas desde
que o seu Partido Social Cristão foi escolhido para comandar a comissão
responsável pela defesa das minorias na Câmara. A bancada do partido tem hoje
16 deputados.
Feliciano, declaradamente contrário a bandeiras como o casamento entre
pessoas do mesmo sexo, é o favorito para assumir a liderança do grupo.
A escolha do PSC para a comissão causou arrepios nos grupos de defesa
dos direitos humanos. As críticas são lideradas até aqui pelo deputado Jean
Wyllys (PSOL-RJ), no Congresso que viu a escolha como uma forma de “barrar a
extensão da cidadania plena às minorias”. “O PT ter aberto mão da CDHM é
sintoma de um pendor do partido para o conservadorismo e a manutenção de poder
que é irreversível”, escreveu.
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