O técnico de informática Edward Snowden, que revelou o esquema de
monitoramento de telefones e dados de internet feito pelos Estados Unidos, não
embarcou nesta segunda-feira em um voo de Moscou para Havana. Mais cedo, a
agência russa Interfax havia informado que ele sairia de território russo.
Ele é responsável pela
divulgação de dados sobre os programas da Agência de Segurança Nacional (NSA,
em inglês) para monitorar dados telefônicos de milhões de cidadãos americanos e
informações dos sistemas de empresas de internet sobre usuários em todo o
mundo.
Segundo testemunhas e
jornalistas que estão no voo da Aeroflot de Moscou a Havana, o delator não foi
visto na cabine da aeronave. Uma foto da agência Associated Press mostra o
assento que deveria ser do delator vazio.
No entanto, a agência de notícias
Interfax disse que ele abandonou a Rússia em outro voo, que foi para um destino
ignorado, segundo fontes locais.
O delator chegou a Moscou na noite de
domingo (23), vindo de Hong Kong, onde estava desde 20 de maio. Ele saiu do
território chinês um dia depois de os Estados Unidos pedirem sua extradição
para que seja processado por três acusações de espionagem e roubo da
propriedade federal, que podem lhe render até 30 anos de prisão.
Ele foi liberado para viajar após Hong
Kong rejeitar o pedido americano por considerar que Washington "não
cumpriu plenamente com os requisitos legais sob a lei de Hong Kong", e não
podia impedir a saída de Snowden. Segundo a imprensa russa, Snowden permanece
como passageiro em trânsito no aeroporto Sheremetyevo, em Moscou.
O WikiLeaks, que ajudou o delator a
sair de Hong Kong, disse que Snowden deverá sair de Moscou em direção a Havana,
em Cuba, de onde continuará a solicitação de asilo político para o Equador. O
chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, disse que estuda o assunto com
"responsabilidade" e que deverá dar uma resposta em breve.
Para evitar que isso aconteça, fontes
do governo americano informaram que Washington entrou em contato com as
autoridades de países latino-americanos, pedindo que ele seja extraditado. Os
EUA e o Equador têm um tratado de extradição de 1872 e que foi complementado em
1939.
RÚSSIA
Embora a imprensa russa e o WikiLeaks
tenham informado sobre a presença de Snowden em Moscou, o Kremlin mantém o
silêncio. O porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, se recusou a comentar os
pedidos do governo americano à Rússia para a extradição do informante.
O secretário de Estado americano, John
Kerry, afirmou não saber quais são os planos de viagem do técnico de
informática. Ele disse ainda que ficaria "profundamente preocupado"
se souber que Pequim e Moscou tinham informações sobre as movimentações do
delator.
Ex-assistente técnico da CIA e
funcionário da Booz Allen Hamilton, prestadora de serviços no setor de defesa,
Snowden trabalhava para a NSA há quatro anos, como representante da Booz Allen
e de outras empresas, como a Dell.
A NSA, cujo material foi divulgado por
Snowden, é uma das organizações mais sigilosas do mundo. De acordo com as
informações apresentadas pelo delator, a agência monitorou os registros de
ligações de milhões de telefones da Verizon, segunda maior companhia telefônica
dos EUA.
Também foram verificados dados de
usuários de internet de todo o mundo em empresas de internet como Google,
Facebook, Microsoft e Apple. O escândalo causou críticas ao presidente Barack
Obama, que combateu a espionagem feita pelas agências quando fazia oposição ao
republicano George W. Bush.
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