O presidente da Comissão de Direitos Humanos, Marco Feliciano
(PSC-SP), demonstrou incômodo nesta sexta-feira (28) com o encontro da presidente Dilma Rousseff com
representantes de movimentos de jovens e ativistas gays.
A reunião faz parte da
estratégia do governo para dar uma resposta às manifestações que tomam conta
das ruas em vários Estados. Os evangélicos ainda não foram incluídos na lista
de conversas.
Pelo Twitter, Feliciano mandou
uma mensagem para o pastor Silas Malafaia sobre a reunião. "Somos ou não
somos invisíveis?", questionou. Ainda pela rede social Malafaia subiu o
tom da reclamação e disse que Dilma tem recebido até "vadias", mas
esqueceu dos evangélicos.
'CURA GAY'
Desde a semana passada,
Feliciano tem reclamado do governo Dilma. A tensão aumentou depois que a
ministra Maria do Rosário (Secretaria dos Direitos Humanos) disse que o governo
se mobilizaria para impedir que fosse aprovado na Câmara um
projeto que permite a psicólogos oferecer tratamento para a homossexualidade.
A proposta, que ficou conhecida
como "cura gay", foi aprovada pela comissão de Direitos Humanos sob
o comando de Feliciano.
O texto ainda precisa passar por mais duas comissões, mas, diante
das manifestações contra a proposta, pode seguir diretamente para o plenário.
Na terça-feira (2), os líderes da Câmara prometem se reunir para tratar da
questão.
O PSOL informou hoje que vários
líderes já assinaram o requerimento para discutir o texto diretamente no
plenário. Segundo o PSOL, apoiam a ideia o PT, PSDB, DEM, PSD, PDT, PSB e
PCdoB.
Esses partidos estariam
mobilizados para rejeitar a proposta. Nesta semana, o presidente da Câmara,
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse que vai trabalhar para
"enterrar" o projeto.
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