O grande herói da história do rock baiano, Raul Seixas, faria 68 anos nesta sexta-feira (28) se estivesse vivo. Para honrar a memória do Maluco Beleza, foi criado em Salvador o Dia Municipal do Rock, lembrado carinhosamente pelos fãs do cantor e também por quem tem o rock n’ roll como filosofia de vida.
O Dia municipal do Rock foi criado em 1998 após uma longa batalha encampada pela Associação Cultural Clube do Rock (ACCR). Após sancionado o projeto, Salvador se tornou a primeira cidade do Brasil a instituir um dia só para o Rock, passo que foi seguido por diversas outras capitais.
A vida de Rau
Primeiros anos
Infância
"Quando eu era guri, lá na Bahia, música para mim era uma coisa secundária. O que me preocupava mesmo eram os problemas da vida e da morte, o problema do homem, de onde vim, para onde vou (...)"
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—Raul Seixas8
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Raul Santos Seixas nasceu às 8 horas da
manhã em 28 de Junho de 1945 numa
família de classe média baiana que vivia na Avenida Sete de Setembro, Salvador.9Seu pai, Raul Varella Seixas, era
engenheiro da estrada de ferro e
sua mãe, Maria Eugênia Santos Seixas, se dedicava às atividades domésticas.9 No próximo mês ele foi registrado
no Cartório de Registro Civil de Salvador com o nome do pai e do avô paterno.
Em 16 de setembro do mesmo ano, batizaram-no na Igreja Matriz da Boa Viagem.9 Em 4 de dezembro de 1948,
Raul Seixas ganhou um irmão, o único, Plínio Santos Seixas, com quem teria um
bom relacionamento durante sua infância.9 Os estudos de Raul Seixas
começaram em1952, onde frequentou o curso primário
estudando com a professora Sônia Bahia.9 Concluído o curso em 1956,
fundou o Club dos Cigarros com alguns amigos.9 O trágico percurso escolar de
Raul Seixas se iniciaria em 1957, quando ele ingressou no
ginásioColégio São Bento,
onde foi reprovado na 2ª série por três anos.10 Um dos motivos da reprovação,
segundo alguns biógrafos, é que ele, em vez de ir assistir as aulas, ouvia rock and roll — em seus primórdios —
na loja Cantinho da Música.10 No mesmo ano, em 13 de Julho, Raul Seixas fundou o Elvis Rock
Club com o amigo Waldir Serrão.10 Segundo a jornalista Ana Maria
Bahiana, é através de Serrão que Raul Seixas começou a sair de casa e a manter
uma vida social mais ampla.11 Segundo Raul, o encontro com
Waldir foi fantástico: "me preparei todo, botei a gola pra
cima, botei o topete, engomei o cabelo, e fiquei esperando ele, masclando chiclete".12 O Elvis Rock Club era como uma gangue, que procurava brigas na rua,
fazia arruaça, roubava bugigangas e quebrava vidraças.11 Embora Raul não gostasse muito
disso, "ia na onda, pois o rock (pelo menos a meu ver)
tinha toda uma maneira de ser".11
Então, a família resolveu matricular Raul num
colégio de padres, o Colégio Interno Marista, onde ele alcançou a 3ª série em 1960,
mas acabou repetindo o estágio em 1961.10 Ao que tudo indica, nessa época
Raul Seixas começou a se interessar pela leitura.10 O pai de Raul Seixas amava os
livros e possuía uma vasta biblioteca em casa.13 Tão logo decifrou o mistério das
letras, o garoto pôs-se a ler os volumes que encontrava na biblioteca do pai
Raul.13 Sendo assim, as histórias que
lia na biblioteca fermentavam sua imaginação e, com os cadernos do colégio,
fazia desenhos, criava personagens, enredos, para depois vender ao irmão quatro
anos mais novo, que acabava ficando interessado e comprava os esboços.14 Segundo Raul, um dos personagens
principais dessas histórias era um cientista maluco chamado "Mêlo"
(algo como "amalucado"), que viajava para diversos lugares
imáginarios como o Nada, o Tudo, Vírgula Xis Ao Cubo, Oceanos de Cores.15 Segundo Raul, Melô era sua
"outra parte, a que buscava as respostas, o eu fantástico, viajando fora
da lógica em uma maquinazinha em que só cabia um só passageiro...
Melô-eu."15 Plínio ficava horas ouvindo o
irmão contar suas histórias, dentro do quarto dos dois, e Raul frequentemente
encenava os personagens como um ator.15 Ambos os irmãos tinham algo em
comum: adoravam literatura, mas odiavam
a escola.14 Mais tarde, já maduro, Raul
Seixas diria: "Eu era um fracasso na escola. A escola não me dizia nada do
que eu queria saber. Tudo o que aprendia era nos livros, em casa ou na rua.
Repeti cinco vezes a segunda série do ginásio. Nunca aprendi nada na escola.
Minto. Aprendi a odiá-la."16 De um modo ou de outro, Raul
Seixas precisava frequentar a escola vez ou outra. Em uma determinada ocasião,
o pai perguntou a Raul como ele ia na escola e pediu seu boletim. Raul mostrou
um boletim falsificado, com todas as matérias resultando em um 10.17 O pai questionava se ele havia
estudado, mas Maria Eugênia interrompia, dizendo algo como "Estudou nada,
ficou aí ouvindo rock o tempo inteiro, essa porcaria desse
béngue-béngue, de élvis préji, de líri ríchi e
gritando essas maluquices."18 Os pais de Raul, como toda a
geração da época, estranhavam orock e ele não era muito bem-vindo
entre as famílias.18
Os Panteras
Raulzito e os
Panteras (1968), o debute de Raul Seixas.
Embora Raul mantivesse um gosto muito
sincero pela música, seu sonho maior era ser escritor como Jorge Amado. Na sua cidade, escutavam Luís Gonzaga todos os dias, nas praças,
nas casas, em todos os estabelecimentos. Enquanto isso Raul junta-se a cena do
Rock que se formava em Salvador. "Em 54/55, ninguém sabia o que era rock.
Eu tocava e me atirava no chão imitando Little Richard." 19 . Com o passar do tempo a banda
que chegou a ter diversos nomes, como Relampagos do Rock, formadas então pelos
irmãos Délcio e Thildo Gama,20 , passa por várias formações e
em 1963, passa a se chamar The Panters, banda que agora já se tornara sensação
de Salvador. A fama se espalha, e a banda é rebatizada pelo nome Os Panteras.
Em 1967 Raul Seixas começa um relacionamento com Edith Wisner, filha de um
pastor protestante americano. O pai de Edith não aceita o namoro da filha. Em
seis meses completa o segundo grau, faz cursinho pré-vestibular e passa em
Direito, Psicologia e Filosofia. Com isso casa-se com Edith. Logo em seguida,
abandona os estudos, volta a reunir os Panteras e aceita o convite de Jerry
Adriani para ir para o Rio de Janeiro. 21
Em 1968, Raulzito e Os Panteras gravam
seu primeiro e único Disco, Raulzito e Os Panteras. Assinando contrato com a
gravadora Odeon, após encontrarem Chico Anysio e o rei Roberto Carlos, que os
reconheceu nos corredores de uma grande gravadora.22 O Disco no entanto não teria
sucesso de critica nem de público. Eládio Gilbraz, um dos panteras, diria:
"De um lado havia a inexperiência de quatro rapazes, recém-chegados da
Bahia, falando em qualidade musical, agnosticismo, mudança de conceitos e
sonhos. Do outro lado, uma multinacional que só falava em "comercial".
Talvez não tenha sido o disco que o grupo imaginara, mas nosso sonho era gravar
um disco.22 A partir daí, Raulzito e Os
Panteras passariam sérias dificuldades no Rio de Janeiro. Raul morava em
Ipanema, e ia a pé até o centro da cidade para tentar divulgar suas músicas,
não obtendo sucesso.22 Algumas vezes os Panteras
recebiam ajuda de Jerry Adriani, tocando como banda de apoio, o que, segundo o
próprio Raul, lhe deu muita experiência e lhe ajudou a descobrir como se
comunicar, pois suas "músicas eram muito herméticas".22 . Raulzito passaria então fome
no Rio de Janeiro 22 (como mais tarde escreveria em
Ouro de Tolo).
Yê-yê-yê realista
Raul Seixas estava totalmente abalado
pelo fracasso com Os Panteras, e a sua volta a Salvador. Escrevia ele:
"Passava o dia inteiro trancado no quarto lendo filosofia, só com uma luz
bem fraquinha, o que acabou me estragando a vista [...] Eu comprei uma
motocicleta e fazia loucuras pela rua." 23 No entanto a sorte começaria a
mudar, um dia, conhece na Bahia um diretor da CBS Discos. Mais tarde ele
convidaria Raul para ser produtor da gravadora. Sem pensar duas vezes, ele faz
as malas, junto a Edith, e volta para o Rio.22 Raul volta ao Rio para usar seus
enciclopédicos conhecimentos de música como produtor fonográfico. Nos cadernos
de composições de Raul começaria a ser alimentada uma revolução.24 Esta seria a segunda chance de
Raul, apostando no talento do amigo, Jerry Adriani convence o então presidente
da CBS, Evandro Ribeiro, a dar a Raulzito um emprego de produtor. Raulzito
trabalhou anonimamente por um bom tempo.25
Raul após ter entrado na CBS, fez
grandes aliados e amigos. Ainda em 1968, a dupla Os Jovens e a banda The
Sunshines apostaram em suas letras. No entanto, Raul faria um grande amigo e
parceiro: Leno, da dupla Leno e Lilian. "Raulzito sempre esteve 20
anos adiante de seu tempo e Leno o compreendia; na verdade, sempre houve uma
grande admiração mútua". Diria Arlindo Coutinho, da relações públicas da
CBS. Em seu compacto duplo Papel Picado, lançado em 1969, Leno registrou Um
Minuto Mais, versão de Raulzito para I Will (nada a ver com a canção de Paul
McCartney). Também não se pode esquecer de Mauro Motta,
outro grande parceiro de Raul nesta fase.25 Jerry Adriani decide convocar
Raulzito para ser o produtor de seus discos. No álbum de 1969, aproveitou para
gravar uma de suas músicas, Tudo Que É Bom Dura Pouco. Naquela mesma época,
outros ídolos da Jovem Guarda também
apadrinharam Raulzito gravando suas letras como Ed Wilson, Renato e seus Blue
Caps, Jerry Adriani, Odair José. 1970 marcou o início de uma fase
muito ativa na carreira de Raulzito, como produtor da CBS. Primeiramente, suas
composições passaram a ser gravadas pelos artistas do cast da gravadora. Passou
o ano produzindo discos para Tony & Frankye, Osvaldo Nunes, Jerry Adriani,
Edy Star e Diana, além de escrever uma quantidade enorme de músicas para os
colegas da gravadora.25
Algumas de muito sucesso, como Doce
doce amor (Jerry Adriani), Ainda Queima a
Esperança (Diana) e Se ainda existe amor (Balthazar).
Raulzito nessa época passa a ter um bom emprego de respeitado produtor, que
conseguira lançar suas composições como Hits na voz de outros cantores e
produzir grandes artistas. Mas Raulzito não se conformava apenas com isso, com
o apoio de Sergio Sampaio, Raul passa cada vez mais a realimentar os sonhos de
quando ainda morava em Salvador, que era ser um cantor. Ao lado de Leno,
Raulzito participa do disco Vida e Obra
de Johnny McCartney, disco solo de Leno, em que ambos buscam
novos caminhos e experimentações. Juntos assinam letras e composições em
parcerias. Foi o primeiro Lp gravado em oito canais no Brasil.25 . As letras do Disco foram
censuradas, e o Disco não foi lançado na época. Outro projeto mal sucedido
seria a Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10 onde
Raul Seixas deu inicio a produção de um projeto de ópera-rock, tendo as letras
mutiladas pela censura do Regime Militar. O Sociedade Grã Ordem Kavernista era
um disco Anarquico, inspirado em Frank Zappa e o então cultuado Disco Sgt.
Pepper's Lonely Hearts Club Band dos Beatles misturado a elementos
brasileiros, como samba, chorinho, baião. O Movimento no entanto não dera
certo.
Auge e queda
Krig-ha, Bandolo! (1973),
primeiro disco de Raul com repercussão crítica e de público.
No início dos anos 1970,
Raul decide participar do Festival
Internacional da Canção, de 1972, sendo convencido pelo amigo e
parceiro Sérgio Sampaio.
Raul inscreve-se no Festival duas de suas músicas, Let
me sing My Rock n Roll, defendida pelo próprio Raul e Eu sou eu e Nicuri é o diabo, defendida por
Lena Rios & Os Lobos, ambas chegam a final, obtendo sucesso de critica e de
público. Na época, Raul também se interessa por um artigo sobreextraterrestres publicado na revista A
Pomba e teve o seu primeiro contato com o escritorPaulo Coelho, que mais tarde, se tornaria seu
parceiro musical.26 No ano de 1973,
Raul conseguiu um grande sucesso com a música "Ouro de Tolo" no álbum Krig-ha, Bandolo!, uma música com letra
quase autobiográfica, mas que debocha da Ditadura e
do "Milagre Econômico".
O mesmo LP também continha outras músicas que se tornaram grandes sucessos,
como: "Metamorfose Ambulante, "Mosca na Sopa" e Al Capone. Raul Seixas
finalmente alcançou grande repercussão nacional como uma grande promessa de um
novo compositor e cantor.[carece de
fontes] Porém, logo a imprensa e os fãs
da época foram aos poucos percebendo que Raul não era apenas um cantor e
compositor. No ano de 1974, Raul Seixas e Paulo
Coelho criam a Sociedade Alternativa,
uma sociedade baseada nos preceitos do bruxo inglês Aleister Crowley, onde a principal lei é
"Faze o que tu queres, há de ser tudo da Lei". Em todos os seus
shows, Raul divulgava a Sociedade Alternativa com a música de mesmo nome. A
Ditadura, então, através do DOPS (Departamento de
Ordem Política e Social) prendeu Raul e Paulo, pensando que a Sociedade
Alternativa fosse um movimento armado contra o governo.
Depois de torturados, Raul e Paulo
foram exilados para os Estados Unidos onde Raul Seixas teria
supostamente se encontrado comJohn Lennon. No
entanto, o seu LP Gita gravado poucos meses antes faz
tanto sucesso, que ambos voltaram ao Brasil. O álbum Gitarendeu a
Raul um disco de ouro, após vender 600.000 cópias. Ainda neste ano, Raul
separa-se de Edith, que vai para os Estados Unidos com a filha do casal,
Simone. Em 1975, casa-se com Gloria Vaquer, e grava o LP Novo Aeon, onde Raul compôs uma de suas
músicas mais conhecidas, "Tente
Outra Vez". O LP, porém, vendeu menos de 60 mil cópias. Em 1976,
Raul supera a má-vendagem do disco anterior com o disco Há Dez Mil Anos Atrás.
Neste mesmo ano, nasce sua segunda filha, Scarlet. Naquele final de década as
coisas começaram a ficar ruins para Raul. A parceria com Paulo Coelho é
desfeita. O cantor lança três discos pela WEA (hoje Warner Music Brasil),
a partir de 1977, que fizeram sucesso de público e
desgosto na crítica (O Dia Em
Que A Terra Parou, que continha canções como "Maluco Beleza" e "Sapato 36"; Mata Virgem (de volta com a parceria
de Paulo Coelho, em 1978 e Por Quem
os Sinos Dobram, em 1979).
Por volta deste período, intensifica-se a parceria com o amigo Cláudio
Roberto Andrade de Azevedo (geralmente creditado como Cláudio
Roberto), com quem Raul compôs várias de suas canções mais conhecidas. A partir
do ano de 1978, começa a ter problemas de saúde devido ao consumo de álcool, que lhe causa a perda de 1/3 do
pâncreas.[carece de
fontes] Separa-se de Glória, que vai
embora para os Estados Unidos levando
a filha Scarlet. Neste ano, conhece Tania Menna Barreto, com quem passa a
viver. No ano de 1979, separa-se de Tania. Começa então a depressão de Raul
Seixas junto com uma internação para tratar doalcoolismo. Conhece Angela Affonso Costa, a
Kika Seixas, sua quarta companheira.
Altos e baixos
Em 1980 assina novamente contrato com a
CBS (desta vez como cantor) lançando mais um álbum, Abre-te Sésamo, que contém outros sucessos
e têm as faixas "Rock das 'Aranha'" e "Aluga-se" censuradas. Logo depois o
contrato é rescindido. Em 1981 nasce a terceira filha, Vivian, fruto de seu
casamento com Kika. Em 1982 faz um show na praia do Gonzaga, em Santos, reunindo mais de 150 mil pessoas. No mesmo ano,
Raul apresenta-se bêbado em Caieiras, São Paulo, e é quase linchado pela platéia que
não acredita que Raul é o próprio, mas um impostor. Desde 1980 Raul estava sem
gravadora e agora também sem perspectiva de um novo contrato. Mergulhado na
depressão, Raul afunda-se nas drogas. Porém, em 1983,
Raul é convidado para gravar um disco pelo Estúdio Eldorado. Logo depois, Raul é
convidado para gravar o especial infantil Plunct, Plact, Zuuum da
Rede Globo, onde canta a música "Carimbador Maluco". O álbum Raul Seixas (1983),
que continha a canção, dá à Raul mais um disco de ouro. Em 1984 grava
o LP "Metrô Linha 743"
pela gravadora Som Livre. Mas depois
Raul teve as portas fechadas novamente, devido ao seu consumo excessivo de álcool e constantes internações para
desintoxicação. Também em 1984 a Eldorado lança o disco Ao Vivo - Único
e Exclusivo.
Em 1985,
separa-se de Kika Seixas. Faz um show em 1 de dezembro 1985, no Estádio Lauro Gomes,
na cidade de São Caetano do Sul.
Só voltaria a pisar no palco no ano de 1988,
ao lado de Marcelo Nova.
Conseguindo um contrato com a gravadora Copacabana, em 1986 (de
propriedade da EMI), grava um disco que foi lançado somente
no ano seguinte, devido ao alcoolismo de Raul. O discoUah-Bap-Lu-Bap-Lah-Béin-Bum! faz
grande sucesso entre os fãs, chegando a ganhar disco de ouro e estando presente
até em programas de televisão, como o Fantástico. Nesta época, conhece Lena
Coutinho, que se torna sua companheira. A partir desse ano, estreita relações
com Marcelo Nova (fazendo uma participação no disco Duplo Sentido, da banda Camisa de Vênus). Um ano mais tarde, 1988,
já separado de Lena, faz seu último álbum solo, A Pedra do Gênesis.
A convite de Marcelo Nova, faz alguns shows emSalvador, após três anos sem pisar num palco.
No ano de 1989, faz uma turnê com Marcelo Nova, agora parceiro musical,
totalizando 50 apresentações pelo Brasil. Durante os shows, Raul mostra-se debilitado. Tanto
que só participa de metade do show, a primeira metade é feita somente por
Marcelo Nova.
Morte
Universo Alternativo - fantasia sobre o "Profeta" Raul
Seixas.
As 50 apresentações pelo Brasil
resultaram naquele que seria o último disco lançado em vida por Raul Seixas. O
disco foi intitulado de A Panela do Diabo, que foi lançado pelaWarner Music Brasil no
dia 22 de agosto de 1989. Na manhã do dia 21 de agosto, Raul Seixas foi
encontrado morto sobre a cama , por volta das oito horas da manhã em seu
apartamento em São Paulo, vítima de uma parada cardíaca: seu alcoolismo, agravado pelo fato de ser diabético, e por não ter tomado insulina na noite anterior, causaram-lhe
umapancreatite aguda fulminante. O LP A Panela do Diabo vendeu 150.000
cópias, rendendo a Raul um disco de ouro póstumo, entregue à sua
família e também a Marcelo Nova,
tornando-se assim um dos discos de maior sucesso de sua carreira. Raul foi
velado pelo resto do dia no Palácio das Convenções do Anhembi. No dia
seguinte seu corpo foi levado por via aérea até Salvador e sepultado às 17
horas, no Cemitério Jardim da Saudade27 .
Após a morte
Festival em Belo Horizonte,
realizado em 2009em homenagem a Raul Seixas. Dois
participantes estão caracterizados segundo a fisionomia de Raul.
Depois de sua morte, Raul permaneceu
entre as paradas de sucesso. Foram produzidos vários álbuns póstumos, como O
Baú do Raul (1992), Raul Vivo (1993 - Eldorado), Se
o Rádio não Toca... (1994 - Eldorado) e Documento (1998).
Inúmeras coletâneas também foram lançadas, como Os
Grandes Sucessos de Raul Seixas de (1993), a grande maioria sem
novidades, mas algumas com músicas inéditas como As Profecias (com
uma versão ao vivo de "Rock das Aranhas") de 1991 e Anarkilópolis (com
"Cowboy Fora da Lei Nº2") de 2003. Sua penúltima mulher, Kika, já
produziu um livro do cantor (O Baú do Raul), baseado em escritos dos
diários de Raul Seixas desde os seis anos de idade até a sua morte. Em 2004, o
canal a cabo Multishow promoveu
um show especial de tributo a Raul, intitulado O
Baú do Raul: Uma Homenagem a Raul Seixas. O show, gravado naFundição Progresso (Rio
de Janeiro) e lançado em CD e DVD, contou com artistas como Toni Garrido, CPM 22, Marcelo D2, Gabriel o Pensador, Arnaldo Brandão,Raimundos, Nasi, Caetano Veloso, Pitty e Marcelo Nova (os três últimos baianos,
como Raul). Mesmo depois de sua morte, Raul Seixas continua fazendo sucesso
entre novas gerações. Vinte anos depois de sua morte, o produtor musical Mazzola, amigo pessoal de Raul, divulgou a
canção inédita "Gospel", censurada na década de 1970. A canção foi
incluída na trilha sonora da telenovela Viver a Vida,
da Rede Globo.
<<<Opinião NÃO QUESTIONE>>>
Sabádo passado eu fui a um tributo em São Paulo, dizer que foi bom é pouco, foi ótimo.
VIVA RAU
OU MELHOR, TOCA RAU!
Fonte: Wikepédia
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