quinta-feira, 30 de outubro de 2014

AMÉRICA TIRA À CHINA MEIOS DE SUBSISTÊNCIA


Os EUA tentam utilizar os recursos laborais da América Central e do Sul, que adquirem cada vez mais capacidade de concorrência em comparação com o aumento dos salários na Ásia.

Na fronteira dos EUA e do México já estão a ser criadas zonas industriais que combinam a energia elétrica barata e o trabalho barato. Segundo peritos, produtos chineses serão afastados do gigante mercado americano, porque será explorado pelos produtores locais.

A empresa dos EUA The Boston Consulting Group realizou um inquérito entre grandes empresários. Constatou-se que, já nos finais de 2013, mais de metade das companhias americanas com um volume anual de negócios superior a bilhões de dólares, transferiram as capacidades produtivas novamente para os EUA ou planeiam fazer isso. Os especialistas da The Boston Consulting Group concluíram: o processo de regresso das produções anteriormente transferidas para o estrangeiro torna-se uma tendência para as economias desenvolvidas.

Mas a quê que se deve essa tendência? Os peritos destacam várias causas. A principal é o aumento do preço da mão de obra na Ásia e, principalmente na China. Há algumas décadas atrás, o baixo preço foi a principal vantagem dos produtos chineses no campo da concorrência, graças ao que eles encheram o mercado mundial. Mas, agora, o nível de vida na China cresce e, por conseguinte, encarece a força de trabalho. Em alguns ramos das altas tecnologias, o preço do trabalho na China já é comparável ao preço do trabalho na Europa Central e Oriental. Além disso, encarece também a energia elétrica devido aos problemas ecológicos cada vez mais agudos.

Nos EUA tem lugar o processo contrário. A extração crescente de gás de xistos embaratece a energia elétrica. E o crescente número de desempregados nos países da América Latina promete aos EUA força de trabalho barata. Por isso, para os americanos, o regresso é uma decisão empresarial completamente lógica. Porém há outras causas da fuga dos empresários estrangeiros da China, considera Nikita Maslenikov, conselheiro do Instituto de Desenvolvimento Atual:

“Um perigo muito sério para os empresários estrangeiros é a fraqueza do sistema financeiro da China, que está cheio de riscos de falências corporativas e de dívidas dos governos locais. Os baixos ritmos de liberalização da economia também não incutem otimismo. Não está claro o plano de ações dos reguladores monetários. Eles irão ou estimular mais o crescimento econômico, ou resolver os problemas acumulados”.

Entretanto, o processo de “regresso” americano provoca prejuízos na China que está virada para as exportações, para a qual os EUA continuam a ser o principal parceiro comercial e no campo dos investimentos. A atividade produtiva na China desce. Prova disso são os dados da primeira metade do ano. Segundo a informação da Direção Principal de Estatística da China, entre janeiro e junho, o crescimento industrial foi um pouco superior a 7%, o índice mais baixo dos últimos dois anos.

Que deve fazer a China nesta situação? Claro que deve apostar mercado interno. Mas o processo de transformação do modelo de crescimento econômico é um processo lento. Os peritos assinalam: quando a exportação de produtos industriais baixa, o desenvolvimento da exportação de serviços poderia ser uma solução temporária do problema.

Já foram conseguidos os primeiros êxitos neste campo. A parte dos serviços no PIB da China em 2013 ultrapassou pela primeira vez a parte da produção industrial. O imobiliário, o comércio a retalho e as finanças constituíram 46% do PIB, enquanto que o contributo da produção industrial foi de apenas 44%. Mas ainda pode crescer mais. Nos países desenvolvidos, a esfera dos serviços garante até 70% do volume da economia.

Fonte: Voz da Rússia

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