segunda-feira, 6 de outubro de 2014

BRASIL: DILMA E AÉCIO VÃO DISPUTAR A PRESIDÊNCIA NO 2º TURNO


A petista teve 41% dos votos, contra 33% do tucano, que desbancou Marina Silva (21%)

Pela quarta eleição presidencial consecutiva, PT e PSDB vão disputar a Presidência da República no segundo turno. Na votação realizada neste domingo 5, a presidenta Dilma Rousseff chegou a 41,5% dos votos, contra 33,6% de Aécio Neves (PSDB), que, com uma recuperação impressionante, desbancou Marina Silva (PSB). A ex-senadora, após aparecer à frente de Dilma em um eventual segundo turno, não conseguiu sustentar sua vantagem e despencou a um patamar semelhante ao que obteve em 2010. Marina ficou com 21,3% dos votos neste ano, contra 19,33% obtidos na eleição passada.

Durante boa parte da campanha, a candidatura de Aécio Neves pareceu fadada ao fracasso. Após a morte de Eduardo Campos, que seria o candidato do PSB, Marina assumiu seu lugar e teve uma ascensão significativa. Nas pesquisas, ela chegou a aparecer à frente de Dilma tanto no primeiro quanto no segundo turnos, mas não conseguiu transformar o ímpeto inicial em uma vantagem sustentada. Ao menos em parte, a queda de Marina pode ser atribuída às duras críticas que sofreu das campanhas petista e tucana, às quais teve dificuldade em responder.

O PT focou seus ataques a Marina no que avaliou ser a proximidade da ex-senadora com o sistema financeiro. A presença de Neca Setúbal (da família dona do Itaú) como coordenadora do programa de governo de Marina foi bastante salientada depois que a pessebista tomou o lugar de Campos. Em seguida, o PT bateu forte na proposta de dar independência formal ao Banco Central e fez chegar ao eleitor a impressão de que esta mudança na legislação daria poder aos banqueiros, retirando-o dos governantes eleitos. Outro ataque do PT que pareceu surtir efeito foi direcionado à pouca importância dada por Marina à exploração de petróleo na camada pré-sal. A crítica do partido era que o foco da pessebista em energia renováveis poderia afetar o crescimento do Brasil.

De forma simultânea, Marina foi duramente atacada pelo PSDB. A campanha tucana tentou expor Marina como uma pessoa despreparada para assumir a Presidência da República, e que mudava de opinião de forma frequente – uma acusação também feita pelo PT de forma intensa. O foco das críticas tucanas sobre Marina foi, entretanto, seu passado petista. O PSDB lembrou que Marina fez toda sua carreira política no PT, e não deixou o partido quando ocorreu a crise do “mensalão” em 2005.

Marina não conseguiu responder às críticas e pareceu, em quase todos os casos, estar contendo os danos causados por seus adversários. Um caso emblemático ocorreu na última semana, quando o PT, que tem conhecidas e amplamente criticadas alianças com figuras que apoiavam a ditadura, acusou Marina de ter entre seus aliados apoiadores do regime militar. Sua crítica mais dura a Dilma se concentrou no escândalo da Petrobras, mas surtiu pouco efeito, uma vez que Aécio conseguiu, mais uma vez, trazer para o PSDB a liderança do antipetismo.

Enquanto Marina despencava, seus dois rivais conseguiram se reerguer. Dilma voltou a liderar e, segundo as pesquisas, é favorita para ser eleita no segundo turno. A petista, entretanto, teve um resultado pior que os de Luiz Inácio Lula da Silva nos primeiros turnos de 2002 (46,44%) e 2006 (48,61%) e que o próprio obtido em 2010 (46,91%). Em números absolutos, a petista perdeu quase 5 milhões de votos, passando de 47,6 milhões em 2010 para 43 milhões agora.

Aécio Neves, por sua vez, teve a segunda maior votação do PSDB nos últimos quatro primeiros turnos da eleição presidencial. O senador mineiro chegou a 33,7% dos votos, contra 32,6% de José Serra em 2010, 41,6% de Geraldo Alckmin e 23,2% de Serra em 2002.

Como ocorrera em 2010, a quarta colocação da eleição presidencial ficou com o PSOL. A ex-deputada federal Luciana Genro obteve 1,6 milhão (1,5%), quase o dobro do resultado de Plínio de Arruda Sampaio em 2010.

Atrás de Luciana Genro ficaram o Pastor Everaldo (PSC), com cerca de 770 mil votos (0,75%); Eduardo Jorge (PV), com cerca de 620 mil votos; Levy Fidelix (PRTB), com cerca de 440 mil votos; Zé Maria (PSTU), com 90 mil votos; José Maria Eymael (PSDC), com 60 mil; Mauro Iasi (PCB), com 47 mil; e Rui Costa Pimenta (PCO), com 12 mil votos.

Fonte: Carta Capital

Segue o link do Canal no YouTube e o Blog
Gostaria de adicionar uma sugestão, colabore com o NÃO QUESTIONE

Este Blog tem finalidade informativa. Sendo assim, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal. Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (inciso IX). As imagens contidas nesse blog foram retiradas da Internet. Caso os autores ou detentores dos direitos das mesmas se sintam lesados, favor entrar em contato.

Nenhum comentário:

Postar um comentário