A Hungria deu uma machadada no tronco infectado da
gigante Monsanto e as suas modificações genéticas destruindo quase 500 hectares
de culturas de milho plantadas com sementes geneticamente modificadas.
De acordo com o
secretário de estado húngaro e Ministro do Desenvolvimento Rural Lajos Bognar,
ao contrário de muitos países europeus (como Portugal) a Hungria é uma nação
onde as sementes geneticamente modificadas estão banidas e proibidas, tomando
uma posição semelhante ao Peru que instituiu uma lei que bane e proíbe as
sementes e alimentos geneticamente modificados por pelo menos 10 anos.
Os quase 500
hectares de milho destruídos estavam espalhados pelo território húngaro e haviam
sido plantados há pouco tempo, explica o Ministro Lajos Bognar, o que quer
dizer que o pólen venenoso do milho ainda não estava a ser disperso.
Ao contrário
dos membros da União Europeia, a Hungria baniu todas as sementes OGM. As buscas
continuam, pois como disse Bognar os produtores são obrigados a certificar-se
que as sementes que usam não são geneticamente modificadas. Durante a
investigação os fiscais descobriram que a Monsanto havia injetado produtos da
Pioneer Monsanto entre as sementes a plantar, possivelmente com o intuito de
disseminar aquela cultura.
O movimento de
livre trânsito de produtos dentro dos estados da União Europeia impede que as
autoridades investiguem como estas sementes chegaram à Hungria, mas doravante
irão certificar-se da validade das culturas em solo húngaro, assegurou o
ministro. Uma rádio regional revelou que as duas maiores produtoras de sementes
geneticamente modificadas foram afetadas com este ato, mas que existem milhares
de hectares nestas condições.
Os
agricultores defenderam-se com a ideia de que não sabiam tratar-se de sementes
OGM. Com a estação já a meio, é tarde demais para plantarem novas sementes por
isso a colheita deste ano foi completamente perdida. E para piorar o cenário
aos agricultores, a companhia que distribuiu estas sementes no condado de
Baranya abriu falência o que impede que recebam compensação.
Fonte:
Revista Forum
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