A
expressão “coração partido” já faz parte do vocabulário de qualquer pessoa
minimamente romântica, certo? É comum também ouvirmos que, quando uma pessoa
perde o amor da sua vida, geralmente por morte, ela não aguenta o sofrimento e
acaba morrendo também. Mas será que isso é algum tipo de lenda urbana ou
existem fundamentos científicos que explicam os males de um coração partido?
A
Medicina estuda as dores de amor por meio de uma síndrome conhecida como
cardiopatia de Takotsubo. A condição ocorre com mais frequência em mulheres –
95% dos casos, de acordo com artigo
publicado no portal do Hospital
Sírio Libanês – e causa uma disfunção no trabalho do ventrículo esquerdo, fator
causado pelo estresse após o sofrimento de algum grande trauma emocional.
Descoberta
Outro
artigo, publicado no portal The
Conversation, relata que alguns pacientes chegam a hospitais com sintomas do
que seria diagnosticado como um ataque cardíaco: dores fortes no peito e falta
de ar; porém, os angiogramas – exames realizados para detectar os ataques de
coração – indicam que não há artérias bloqueadas, mas sim falta de movimento do
ventrículo esquerdo.
Tratamento
A
ciência ainda não sabe exatamente qual é o número de pessoas que sofrem com
essa condição, mas estima que 2% dos indivíduos que julgam sofrer ataques
cardíacos passam, na verdade, por sintomas dessa cardiopatia.
Adrenalina
Esse
hormônio ajuda a acelerar os batimentos cardíacos e é, geralmente, liberado em
momentos de stress ou durante a prática de atividades físicas. O problema é
quando recebemos muita adrenalina: nesses casos, o efeito é o oposto e nosso
coração é induzido a bater mais devagar do que o normal, o que pode ser um
mecanismo de defesa na prevenção de excesso do nosso trabalho muscular
cardíaco.
Os
estudos a respeito dessa síndrome ainda não acabaram e a Ciência espera, em
breve, saber mais a respeito das causas e tratamentos da condição. Até lá, o
alerta: é preciso monitorar nossos níveis de stress sem dúvidas; tristezas
muito profundas e grandes traumas podem realmente prejudicar a nossa saúde
física.
Fonte:
The Conversation - Hospital Sírio Libanês
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