O fotógrafo Laurent Van der Stockt relata ter experimentado alguns dos
sintomas depois de um ataque em Damasco.
O Exército
sírio recorreu a explosivos químicos em vários ataques contra as forças
rebeldes nos subúrbios de Damasco, relatam os enviados do jornal francês Le Monde que assistiram a esses ataques em
Abril e em Maio.
O artigo descreve o que parecia um
simples projétil que ficara por explodir. “Sem cheiro, sem fumo, nem sequer um
silvo a indicar a ejecção de um gás tóxico. Depois aparecem os sintomas. Os
homens tossem violentamente. Os olhos queimam as pupilas extremamente
retraídas, a visão obscurece-se. Em breve seguem-se as dificuldades
respiratórias, os vómitos, os desmaios”, escreve Jean-Philippe Rémy.
“Se não os tratamos imediatamente, é a morte”, diz um médico do
hospital Al-Fateh, na região de Ghutta, às portas de Damasco, num vídeo gravado
pelo fotógrafo Laurent Van der Stockt. No vídeo, combatentes e médicos falam
dos sintomas e das dificuldades de tratamento. Médicos deste hospital admitem poder tratar-se de gás sarin.
O primeiro ataque contra os rebeldes que os enviados franceses
acompanharam aconteceu a 11 de Abril. “Eles tinham ouvido falar de gases
utilizados noutras frentes, noutras regiões na Síria (nomeadamente em Homs e na
região de Alepo) nos meses anteriores, mas o
que fazer quando confrontados com um ataque deste tipo?”, lê-se no artigo,
publicado esta segunda-feira. “Na confusão”, escreve Jean-Philippe Rémy, “meia dúzia de máscaras de gás foram
distribuídas, destinadas aos homens com posições fixas”, enquanto “outros se
contentam com a proteção mínima de máscaras cirúrgicas”.
Laurent Van der Stockt relata como experimentou alguns dos
sintomas depois de um ataque no dia 13 de Abril em Jobar, no interior da
capital síria. Nos quatro dias que se seguiram, o enviado diz ter tido
problemas respiratórios e de visão.
“Em dois meses nos arredores da capital síria, encontramos casos
semelhantes numa região muito mais alargada. A gravidade, a crescente
frequência e táctica como estas armas são usadas mostra que o que está a ser
libertado não é apenas gás lacrimogéneo, que é usado em todas as frentes, mas
produtos de uma classe diferente e muito mais tóxicos” continua o artigo.
“Os gases são usados de forma pontual, evitando uma propagação
massiva, o que permitiria que existissem provas irrefutáveis”, descreve
Jean-Philippe Rémy. O texto cita “uma fonte ocidental bem informada” segundo a
qual o poder sírio recorre a “misturas de produtos, nomeadamente com gás
antimotim [lacrimogéneo] para esconder as pistas e a observação de sintomas”.
A ONU voltou a pedir a semana passada a Damasco para permitir
aos peritos da organização para entrar na Síria para investigarem as denúncias
de recurso a armas químicas. Enquanto aguardam a autorização do regime, os
investigadores têm contatado médicos e refugiados que fugiram para países da
região.
Segue o link
do Canal no YouTube e o Blog
http://www.youtube.com/naoquestione
http://nao-questione.blogspot.com.br/?view=flipcard
Gostaria de adicionar uma sugestão, colabore com o NÃO QUESTIONE
http://nao-questione.blogspot.com.br/?view=flipcard
Gostaria de adicionar uma sugestão, colabore com o NÃO QUESTIONE
Nenhum comentário:
Postar um comentário