sábado, 25 de maio de 2013

PROFESSORES MUNICIPAIS DE SP SUSPENDEM GREVE APÓS MAIS DE 20 DIAS



Mesmo sem ter a principal reivindicação atendida, os professores da rede municipal de São Paulo decidiram suspender, nesta sexta-feira, a greve iniciada no último dia 3. De acordo com a categoria, a prefeitura concordou em não descontar os dias não trabalhados.

A suspensão da greve foi decidida em assembleia realizada na tarde desta sexta-feira durante um protesto que fechou o viaduto do Chá, na frente da prefeitura, na região central da capital paulista.

Uma comissão de professores foi recebida pela prefeitura, mas a reivindicação de reajuste imediato de 17% nos salários não foi atendida. A categoria pediu que voltasse à mesa de negociações a proposta feita inicialmente pela prefeitura, de 11,46% de reajuste, que seriam pagos em três parcelas --2014, 2015 e 2016.

A prefeitura aceitou voltar a discutir a proposta, o que foi considerado pela categoria um avanço nas negociações, que estavam paradas desde a recusa dos docentes.

Muitos professores que acompanhavam a manifestação expressaram indignação no final da assembleia. Segundo a Polícia Militar, a manifestação reuniu cerca de 800 pessoas, já a categoria aponta 8.000. A rede municipal possui 68 mil professores atualmente.

Além do aumento discutido hoje, o governo já havia confirmando o aumento de 10,19% aos educadores a partir de 1º de maio desde ano e mais 13,43% em maio do ano que vem. Os professores, porém, argumentam que esse percentual corresponde a um acordo estabelecido na gestão de Gilberto Kassab (PSD).

Levantamento feito pela Folha nos últimos dois dias, em 200 escolas municipais, indicava que metade das unidades havia aderido à greve dos professores. Dentre as creches, pré-escolas e colégios da rede questionados, 52% afirmaram que havia alguma paralisação; 10% disseram que a unidade parou totalmente.


A própria prefeitura admitia alguma paralisação em 28% das escolas. Mas ela dizia que a adesão em número de educadores era pequena. O principal sindicato da categoria apontava 55% das unidades em greve.

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