Uma arma hipersônica experimental dos EUA explodiu em teste de voo quatro segundos depois de ter sido lançada. O teste foi efetuado num polígono no Alasca em 25 de agosto. Em 7 de agosto, os testes de arma hipersônica foram frustrados na China.
Pelo número de testes (dois), os EUA alcançaram a China. Em 9 de janeiro do ano em curso, a China lançou com êxito um míssil com uma ogiva de combate hipersônica separável de voo planado. Os EUA testou pela primeira vez este tipo de arma muito antes – em novembro de 2011. Naquela altura, o aparelho de voo planado, lançado com a ajuda de um míssil, percorreu uma distância desde a ilha Havaí até um dos atóis das ilhas Marshall no Pacífico. A arma, porém, não conseguiu atingir a velocidade prevista que em cinco vezes supera a velocidade do som. Nesse contexto, muitos peritos hesitam em afirmar que o primeiro teste americano foi bem-sucedido.
Desta vez, passaram menos de quatro segundos antes que militares norte-americanos deram uma ordem de detonar a arma. A decisão de abortar o voo de teste se deveu a uma anomalia tecnológica. Ao mesmo tempo, na China, o equipamento falhou pouco tempo depois do lançamento. Não se conhece, contudo, se a própria arma se explodiu ou foi destruída por comando de militares chineses.
A edição estadunidense Washington Free Beacon destacou, citando um representante do Pentágono, que armas hipersônicas chineses são capazes de assestar golpes nucleares contra os EUA. As armas análogas norte-americanas, segundo declarações oficiais, são destinadas para neutralizar mísseis balísticos do Irã e da China, assim como para destruir arsenais de mísseis de outros países menos desenvolvidos. Essas armas podem ser utilizadas também para assestar golpes contra bases de terroristas. Contudo, como opinam peritos independentes, o objetivo principal do Pentágono, que está desenvolvendo este programa supercaro de armas hipersónicas, consiste em não admitir que a China supere os EUA nessa esfera.
A China, por sua vez, começou a desenvolver e a testar armas hipersônicas, para ultrapassar o sistema estadunidense de defesa antimíssil. Na opinião do redator-chefe do jornal Boletim Industrial-Militar, Mikhail Khodarenok, os respetivos projetos da China estão formando condições para alcançar esse objetivo:
“A meu ver, a China tem acumulado na etapa atual potencialidades para ultrapassar o sistema de DAM americano. Ainda não existem meios eficazes contra armas hipersônicas. Estão apenas em planos de engenheiros, em quaisquer modelos experimentais submetidos apenas a testes iniciais”.
O diretor do Centro de Pesquisas Sociais e Políticas, Vladimir Evseev, partilha também essa opinião:
“A China é capaz de ultrapassar parcialmente o sistema de DAM americano, mas não se pode falar sobre uma ultrapassagem considerável. Para isso, é necessário criar um grande potencial de armas hipersônicas. A meu ver, a China terá um número limitado desses mísseis. Trata-se da possibilidade da China de ultrapassar o sistema antimíssil dos EUA em princípio, mas não da possibilidade de superá-lo na realidade para destruir estruturas americanas”.
A corrida aos mísseis torna-se hipersônica e, no fundo, global. Pelo visto, a Índia também irá participar desta competição. A tentação é grande: a vitória garante obter armas que permitem assestar muito rapidamente golpes de alta precisão em qualquer ponto do mundo. Ao mesmo tempo, se os sistemas de defesa contra armas hipersônicas aparecerem, isso não acontecerá nos próximos tempos.
Fonte: Voz da Rússia
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