Há dez anos, 1 de setembro transformou-se num “dia negro” para centenas de habitantes de Beslan, pequena cidade na Ossétia do Norte da Federação Russa. Ninguém podia imaginar que uma reunião solene frente à escola Nº1 iria terminar com um verdadeiro pesadelo, entrando na história mundial como um dos mais terríveis atentados terroristas.
Membros da Jamaat da Inguchétia prenderam e tiveram como reféns mais de um milhar de pessoas – crianças, seus familiares e professores, que foram libertadas só no terceiro dia. Foram mortas mais de 300 pessoas durante o assalto da escola. Militares das forças especiais cobriam com seus corpos crianças, mas não foi possível salvá-las todas.
Em 1 de setembro de 2004, uma reunião tradicional na escola Nº1 de Beslan foi interrompida por uma rajada de metralhadora. Um grupo de terroristas chegou perto da escola e fez empurrar pessoas assustadas para dentro do prédio onde eles passaram três longos dias: sem comida e num espaço sufocado e quente. Periodicamente, vários reféns foram fuzilados sendo lançados seus corpos a partir de janelas do segundo andar. Durante todo o período de prisão, as autoridades tentavam negociar com terroristas propondo-lhes trocar crianças por adultos e conceder aos extremistas um corredor até a Inguchétia e Chechênia. Mas todas essas propostas foram rejeitadas. Desde o início, os terroristas não tencionavam deixar alguém vivo, diz um politólogo, Serguei Markov:
“Esta foi uma das mais graves operações especiais no mundo. Foi sequestrado um número muito grande de reféns – mais de mil pessoas, na maioria crianças. Os terroristas mantiveram-nas em condições desumanas, pretendendo matá-las e não trocar a sua vida por quaisquer prioridades. A missão final foi matá-las todas. Por isso, apesar de um número grande de vítimas, o fato de a maioria de reféns foi resgatada testemunha sem dúvida o nível muito alto de mestria de elementos dos serviços especiais”.
Mais tarde, os oficiais do grupo especial reconheceram que os acontecimentos na escola de Beslan tinham sido os mais difíceis na história do destacamento. A inesperada explosão de uma bomba dentro da escola obrigou os resgatadores a reagirem imediatamente e a correr para dentro do prédio para retirar crianças. O assalto começou espontaneamente. Muitos militares nem tiveram tempo para pôr coletes à prova de balas. Com este fato explicam-se perdas sofridas pelos grupos Alfa e Vympel. Em assalto foram mortos dez militares das forças especiais e mais de trinta ficaram feridos. Nesta operação foram dadas provas de verdadeiro heroísmo, diz o vice-presidente da Associação Internacional do Destacamento Antiterrorista Alfa, Alexei Filatov:
“Militares que participaram da operação de salvamento de reféns, em primeiro lugar crianças, deram provas de heroísmo. Eles protegiam-nos com seus corpos contra balas de terroristas. Considero que o heroísmo revelado por eles é um grande mérito do nosso grupo antiterrorista, que testemunha que os militares fizeram tudo a seu alcance. Estive ali (em Beslan) muitas vezes e em nenhuma parte vi tal atitude em relação aos militares da força especial, uma atitude sincera por parte de habitantes ou reféns e seus familiares. As pessoas que estiveram lá, dentro da situação, valorizaram dignamente as ações dos nossos militares”.
Esta tragédia ficará para sempre gravada na memória dos habitantes de Beslan. Em 1 de setembro de cada ano, a cidade mergulha no luto em memória dos reféns inocentes mortos naqueles dias. Pessoas deixam flores e brinquedos para as crianças que nunca se tornarão adultas.
Fonte: Voz da Rússia
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