quinta-feira, 28 de novembro de 2013

A AIDS SE TORNA CADA VEZ MAIS JOVEM


O número de adolescentes infetados com HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) aumentou em um terço por todo o mundo nos últimos dez anos. Segundo os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), hoje, mais de 2 milhões de adolescentes de idades compreendidas entre os 10 e os 19 anos vivem com esse vírus.

Entretanto, a mortalidade entre eles é superior à registada entre as pessoas mais velhas infetadas com o HIV. Os peritos consideram que isso se deve à inexistência de testes obrigatórios ao HIV entre as crianças.

O AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida provocada pelo HIV) está se tornando rapidamente mais jovem. Se anteriormente a maior percentagem de HIV seropositivos cabia à faixa etária dos 20-29 anos, agora esta faixa está a ter a “concorrência” dos adolescentes de 10-19 anos.

O diretor do Departamento para o HIV/AIDS da OMS, Gottfried Hirnschall, chamou a atenção para isso em vésperas do Dia Mundial de Combate à AIDS, que decorre a 1 de dezembro:

“Entre os adolescentes se observa permanentemente um nível elevado de infeções pelo HIV. Isso abrange especialmente grupos da população como as meninas adolescentes da África subsaariana e os jovens de sexo masculino homossexuais, sobretudo da Ásia, no Bangladesh, em Kuala Lumpur e em Jacarta. Além disso, a população de risco abrange os consumidores de drogas injetáveis. Se sabe, por exemplo, que na Europa Oriental mais de 30% dos jovens usuários de drogas vive com o HIV”.

Além disso, a mortalidade entre as crianças e os adolescentes doentes com AIDS aumentou 50% nos últimos 8 anos. Entretanto, na população adulta os médicos conseguiram reduzir em um terço o número de óbitos provocados pelo HIV.

A razão para isso está na inexistência no mundo de programas de prevenção da AIDS entre as crianças, sublinha Vladimir Mayanovski, presidente da organização não-governamental russa Associação de Portadores de HIV:

“O problema não está em que a AIDS infantil seja mais difícil de tratar, mas na sua deteção tardia. Os adolescentes não são monitorizados. Eles praticamente nunca são alvo de testes de rastreamento do HIV. Por isso, os adolescentes só vêm a saber tardiamente que o seu organismo já está bastante debilitado.

A infeção por HIV é detetada neles já em fase terminal. Neste estágio, a medicina infelizmente ainda não consegue tratar todos os doentes. Há uma percentagem de doentes infetados que depois do tratamento deixam essa condição, mas há uma percentagem que morre”.

Nesse contexto os médicos apelam para que se inclua nos exames médicos escolares a análise obrigatória do HIV. E visto que na idade de transição os adolescentes costumam ter conflitos com os pais, não confiam neles e não querem estar sempre ouvindo sermões, pode ser que se deva autorizá-los a fazer o teste do HIV sem o consentimento dos adultos. Para isso, contudo, muitos países teriam de aprovar emendas à sua legislação. De qualquer modo, é necessário garantir às crianças um acesso atempado aos serviços de saúde.

Isso irá salvar muitas vidas, porque a AIDS hoje já não é de todo uma sentença de morte, garante Oleg Yurin, investigador do Centro Científico e Metodológico Federal para a Prevenção e Combate à AIDS:

“Essa doença não é curável no sentido em que a pessoa continua a ser portadora do vírus. Mas, com uma terapia atempada como, por exemplo, na diabetes ou na tensão alta, enquanto a pessoa toma o medicamento a progressão da doença pode ser travada. Mesmo que haja doenças oportunistas, elas desaparecem com o tratamento. Mas a medicação deve ser permanente”.

Segundo os dados da ONU, no mundo vivem hoje 34 milhões de HIV seropositivos. Um em cada três deles só soube da sua doença por acaso.

Fonte: Voz da Rússia

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