quarta-feira, 10 de setembro de 2014

FORÇA AFRICANA É ACUSADA DE ESTUPRAR E EXPLORAR MULHERES NA SOMÁLIA


A União Africana na Somália, financiada pela ONU, é acusada de trocar ajuda humanitária por sexo em suas bases em Mogadíscio, denunciou a Human Rights Watch

Soldados da força da União Africana na Somália (Amisom), financiada pela ONU, estupraram mulheres e trocaram ajuda humanitária por sexo em suas bases em Mogadíscio, denunciou nesta segunda-feira um relatório da Human Rights Watch (HRW). "Os soldados da União Africana, servindo-se de intermediários somalis, utilizaram uma variedade de táticas, como ajuda humanitária, para obrigar mulheres e crianças vulneráveis a realizar atividades sexuais", detalhou a HRW.

"Estupraram e agrediram sexualmente mulheres que foram buscar ajuda médica ou água nas bases da Amisom", acrescenta o documento, que afirma que os soldados "deram comida e dinheiro em uma tentativa aparente de fazer o abuso se passar por uma transação sexual".

A Amisom afirmou que estes são incidentes isolados e classificou o relatório de injusto, embora tenha afirmado que tomará medidas a respeito.

Esta força da União Africana conta com 22.000 soldados de seis nações (Uganda, Burundi, Quênia, Etiópia, Djibuti, Serra Leoa) e desde 2007 luta junto às tropas governamentais contra os insurgentes islamitas shebab, vinculados à Al-Qaeda.

Além da ONU, é financiada por União Europeia, Estados Unidos e Grã-Bretanha, entre outros.

As mulheres vítimas destes abusos se dirigiram a duas bases da Amisom em Mogadíscio depois de ter fugido, em sua maioria, da fome que em 2011 devastou as zonas rurais do país. Longe de sua comunidade e da proteção de seus pais, maridos ou seu clã, estas mulheres dependem da ajuda externa para cobrir suas necessidades básicas e as de seus filhos.

O relatório de 71 páginas se baseia no testemunho de 21 mulheres e crianças, que dizem ter sido estupradas ou sofrido abusos sexuais por parte de soldados de Uganda ou Burundi desde 2013. A menor delas, de 12 anos, indicou ter sido estuprada por um soldado ugandês.

O documento também cita o caso de uma adolescente de 15 anos, Qamar R., que foi no fim de 2013 buscar medicamentos na base do contingente de Burundi. Um intérprete disse a ela para seguir dois soldados: um a estuprou e o outro deu 10 dólares, explicou a jovem à HRW. Outra jovem, Kassa D., de 19 anos, sem meios para comprar comida, explicou ter se apresentado a um intérprete somali da base ugandesa que a levou diante de um soldado. Ele também entregou 10 dólares depois de ter mantido relações sexuais com ela.

Segundo a ONG, a exploração sexual é um fenômeno conhecido nas bases da Amisom em Mogadíscio e a maioria das vítimas não denunciaram os abusos por medo de represálias.

Estes incidentes "provocam uma grande preocupação sobre os abusos de soldados da Amisom a mulheres e crianças e sugerem que existe um problema muito maior", alertou a HRW. "Os países contribuintes de tropas, a União Africana e os doadores que financiam a Amisom devem se concentrar urgentemente sobre estes abusos e reforçar os procedimentos na Somália para que justiça seja feita", declarou esta ONG com sede em Nova York.

A HRW também interrogou outras 30 pessoas, observadores estrangeiros, soldados e líderes dos países membros da Amisom.

O relatório "só se baseia em uma pequena amostra, e utilizá-la para condenar o conjunto de nossos 22.000 soldados é extremamente contraproducente", declarou o porta-voz da Amisom, Eloi Yao, que afirmou que a força aplica uma "política de 'tolerância zero' em relação aos maus comportamentos".

Fonte: AFP Móvel

Segue o link do Canal no YouTube e o Blog
Gostaria de adicionar uma sugestão, colabore com o NÃO QUESTIONE

Este Blog tem finalidade informativa. Sendo assim, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal. Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (inciso IX). As imagens contidas nesse blog foram retiradas da Internet. Caso os autores ou detentores dos direitos das mesmas se sintam lesados, favor entrar em contato.

Nenhum comentário:

Postar um comentário