O governo do Estado anunciou a
construção de uma eclusa – sistema de diques que permite a navegação de
embarcações em diferentes níveis de água – na barragem da Penha, zona leste,
que permitirá que mais 14 km do rio Tiête sejam navegáveis. A obra ligará
Santana de Parnaíba, Grande São Paulo, e São Miguel Paulista, zona leste.
A obra deverá ser
entregue no final do ano e as embarcações ajudarão no desassoreamento do rio. O
investimento é de R$ 100 milhões, valor comparável ao custo anual do transporte
do lixo por caminhões. Além disso, 90 mil carretos deixariam de fazer a viagem,
diminuindo o trânsito.
Com
a entrega da obra, será possível navegar por 58 quilômetros do rio Tiête. O
objetivo é criar o Hidroanel Metropolitano, que pretende criar 186 km de
hidrovias em torno da Grande São Paulo.
O
governo decidiu fazer o desassoreamento do rio por hidrovias após estudo do
Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Já o uso do hidroanel para
transportar resíduos sólidos será discutido apenas em 2023, quando expiram os
contratos de coleta de lixo. Atualmente, a cidade produz 18 toneladas de
lixo por dia.
O
governo também pretende realizar uma segunda etapa da obra, que levaria as
embarcações para o Rio Pinheiros, onde os resíduos seriam destinados para a
triagem e reciclagem.
Parques
e reurbanização
O
Hidroanel Metropolitano pretende também recuperar as margens dos rios,
interligação de redes de transporte, construção de parques e reestruturação da
coleta de lixo. O projeto foi realizado pelo Grupo de Pesquisa em Projeto
de ARquitetura e Infraestruturas Urbanas da FAU-USP, coordenado pelo professor
Alexandre Delijaicov.
Fonte: Estadão
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