quarta-feira, 15 de maio de 2013

CYBERBULLYING TEM QUE ACABAR

 
 
Ficou mais fácil agredir pessoas verbalmente e emocionalmente e permanecer no anonimato, pois a internet possibilita diversas formas de seus usuários ficarem ocultos.
É um ciclo vicioso, onde as pessoas extravasam seus problemas e conflitos com alguém por meio de agressões verbais ocultas, muitas vezes nem razão há, para alguns é diversão agredir alguém verbalmente… Mas essas pessoas muitas vezes não sabem o peso que suas palavras realmente tem.
Até pouco tempo atrás o Brasil não possuía uma legislação especifica a respeito de crimes cibernéticos, a lei que temos atualmente é a popularmente conhecida como “Lei Carolina Dieckmann”, regulamenta os cibercrimes praticados no Brasil, punindo todo e qualquer tipo de violação dos mecanismos de segurança da internet para obtenção de informações privadas ou comerciais. Proposta pelo deputado Paulo Teixeira (PT-SP), a lei ganhou o nome “extraoficial” porque, na época em que o projeto tramitava na Câmara de Deputados, a atriz teve fotos pessoais divulgadas sem autorização.
Esse tipo de crime não é algo de meados 2012 – 2013, mas foi necessário que ocorresse com uma celebridade nacional para que autoridades tomassem alguma atitude.
Não é um crime exclusivamente do Brasil “país de terceiro mundo”, no mundo inteiro o “cyberbullying” vem aumentando a cada dia que passa.
O caso Amanda Todd repercutiu mundialmente, e chamou a atenção de todos: Amanda tinha 12 anos quando tudo começou, ela estava numa sala de bate-papo com amigos, conhecendo e conversando com outros usuários. Ela recebeu diversos elogios dos garotos e acabou mostrando partes de seu corpo. Um ano depois,  uma pessoa que estava no chat entrou em contato com Amanda pelo Facebook e disse que se ela não “fizesse um show para ele”, ele iria mostrar os prints (da tela do bate-papo) para amigos e familiares de Amanda, essa pessoa chegou a persegui-la, tinha várias informações sobre ela, onde morava, estudava, etc. As fotos foram enviadas para vários conhecidos dela; Amanda começou a adoecer, sofrer de depressão, ansiedade, passou a usar drogas e álcool.
Um ano depois o bullying   voltou: ele criou uma página no facebook onde a foto do perfil eram os seios dela.  Ela sofria com os xingamentos, os julgamentos e sofria ainda mais por não poder tirar aquelas fotos da internet; Amanda passou a se auto mutilar, mudou de escola… Depois de um tempo ela conheceu um garoto mais velho. Ele disse que estava gostando dela, mesmo tendo uma namorada; Ela acabou se envolvendo com o menino.
A namorada, junto com outras 15 meninas foram tirar “satisfação” com Amanda e a humilharam em frente à escola. Além disso, ela também sofreu agressões físicas desse grupo de colegas; Ao voltar para casa Amanda tentou se matar tomando alvejante, depois de ser hospitalizada e voltar para casa recebeu mensagens de ódio como “ela merece”, “deveria ter morrido”…
Seis meses se passaram e pessoas ainda enviavam fotos de alvejantes, produtos de limpeza e mensagens agressivas para Amanda; Ela teve overdose por ingerir remédios anti-depressivos…
Aos 15 anos Amanda conseguiu concretizar o suicídio, morreu enforcada.
Amanda podia não estar certa em mostrar partes de seu corpo para estranhos, mas independentemente disto outras pessoas não tinham o menos direito de incomodar sua vida pelos seus atos, e chega ser grotesco as atitudes que muitas pessoas tomaram após a primeira tentativa de suicídio dela, as pessoas estavam insatisfeitas que ela ainda estivesse viva e passaram a incomodá-la cada vez mais.
E com que autoridade essas pessoas fizeram isso? Que lição de moral e vida elas podem dar? Quem comete estes tipos de atitudes são pessoas de caráter duvidoso, que julgam outras pessoas na tentativa de ocultarem seus erros.
E não adianta nada às pessoas tentarem “agredir” os “agressores”, estas atitudes perpetuam o ciclo, onde um “agride” porque foi ou viu alguém ser “agredido”. Cada um deve fazer sua parte e parar de tirar proveito do anonimato para ofender alguém.
“Ética é o que você faz quando está todo mundo olhando. O que você faz quando não tem ninguém por perto se chama CARÁTER!”
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