Marco Feliciano, presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, defendeu o pastor Marcos Pereira, preso por estupros e envolvimento com o tráfico de drogas.
O deputado federal e
pastor Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos da
Câmara, fez um discurso na tribuna da Casa no último dia 19 de fevereiro
defendendo o também pastor Marcos Pereira da Silva,preso na noite de
terça-feira (7), sob a acusação de estuprar duas fiéis da igreja Assembleia
de Deus dos Últimos Dias (Adud), com sede em São João de Meriti, na Baixa
Fluminense.
No vídeo, Feliciano
afirma que o pastor Marcos Pereira da Silva é um grande líder no Rio de Janeiro
e que ‘indiscriminadamente’ estava sendo alvo de difamação. Ele acusou o SBT de
promover os ataques e disse que o programa que ‘parecia muito mais um
assassinato público do que informação ao público’.
“Estão destruindo a
imagem de um homem que gasta sua vida dentro do Rio de Janeiro indo para
prisões e para os presídios”, acusa Feliciano. “Já falaram outras coisas e ele
permanece de pé”. O deputado ainda ameaçou a emissora e afirmou que iria à
Polícia Federal pedir uma investigação sobre o programa.
Na madrugada desta
quinta-feira (9) o deputado voltou a defender o pastor Marcos Pereira, dessa
vez indiretamente, replicando o seguinte comentário de um de seus seguidores no
Twitter:”Imprensa tem provas contra Marcos Pereira? Talvez um delegado sem
crimes para investigar”.
Desde
que Feliciano assumiu a presidência da Comissão de Direitos Humanos, as
reuniões são marcadas por protestos de parlamentares e militantes contrários à
sua permanência no colegiado.
Entenda o caso do Pastor Marcos Pereira
As
suspeitas sobre o pastor Marcos começaram há cerca de um ano, quando a
delegacia especializada abriu inquérito para investigar o religioso por lavagem
de dinheiro e associação para o tráfico de drogas e quatro homicídios.
Uma
das denunciantes de estupro, ainda segundo o delegado, é a ex-mulher do pastor.
Outra contou à polícia que foi abusada dos 14 aos 22 anos. Os mandados de
prisão preventiva foram decretados pelos juízes Richard Fairclough, da 1ª Vara
Criminal de São João de Meriti, e Ana Helena Mota Lima, da 2ª Vara Criminal da
mesma comarca.
Entre
as mortes em que o pastor Marcos Pereira é investigado está a de uma mulher que
teria descoberto sessões de orgia que seriam promovidas por ele em um
apartamento na Avenida Atlântica, na orla de Copacabana, Zona Sul do Rio.
O
imóvel está em nome da igreja e avaliado em R$ 8 milhões. Segundo Márcio
Mendonça, um irmão do pastor foi condenado por este crime.
Fonte: Estadão e O Dia
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