O vice-primeiro-ministro da Turquia, Bulent Arinc, disse nesta terça-feira que o governo respeita os protestos contra o chefe de governo do país, Tayyip Erdogan, e prometeu se encontrar com as lideranças responsáveis pelos manifestações contra a derrubada de árvores de um parque para a construção de um shopping.
Os protestos no país, que começaram em Istambul
contra a construção do centro comercial, se tornaram atos contra Erdogan, que
há dez anos comanda a Turquia. Os cinco dias de manifestações deixaram dois
mortos, sendo que o último morreu em confronto com a polícia em Antakya,
próximo à fronteira com a Síria.
Em entrevista após encontro com o presidente
Abdullah Gül, Arinc disse que se encontrará nesta terça com os manifestantes
contra a derrubada das árvores para ouvir suas reivindicações. Ele reconheceu
que a polícia usou força excessiva, mas condenou a violência dos atos.
"Estamos abertos a todas as reações, mas não
deve haver violência. A reação das pessoas que estavam no parque foi legítima e
justa, mas essa reação legítima foi usada com abuso por grupos marginais
ilegais", afirmou, dizendo que o governo turco respeita os estilos de vida
de seus cidadãos.
O atual gabinete, de origem islâmica, é acusado
pelos opositores de autoritarismo e de tentar impor a visão religiosa na
sociedade turca, que é tradicionalmente laica. Dentre as acusações, estão
perseguição a minorias, interferência na imprensa e o aumento da influência
islâmica.
MORTE
Mais cedo, o governo da Província de Hatay, no sul
da Turquia, confirmou que Abdullah Comert, 22, morreu após ser baleado durante
protesto na cidade de Antakya. Ele era membro da ala jovem do opositor Partido
do Povo Republicano.
A polícia disse investigar o caso, mas militantes
acusam as forças de segurança de matarem o jovem. Na noite de domingo (2),
outro jovem morreu em Istambul, atropelado por um carro que avançou em meio a
um protesto.
Na segunda (3), Tayyip Erdogan acusou os
manifestantes antigoverno de andarem "de braços dados com o
terrorismo". Ele disse ainda disse que a democracia se expressa através
das urnas e garantiu que logo as revoltas irão terminar.
Durante seu discurso, o primeiro-ministro também
falou que a situação está "bem mais calma agora" e que os
manifestantes não estão em todas as cidades do país, apenas nas maiores.
No poder desde 2003, o partido de Erdogan é acusado
de autoritarismo, perseguição a minorias, interferência na imprensa e aumento
da influência religiosa na política turca, que tem uma Constituição laica. Ao
mesmo tempo, houve forte crescimento econômico no país e aumento da influência
no Oriente Médio.
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