O consórcio Kalashnikov está alargando a sua gama de armas para exportação. A carabina KS-K, o rifle de precisão SV-99 e a pistola-metralhadora Vityaz-SN foram incluídos por decreto do presidente da Rússia na lista dos artigos a exportar.
Nos 65 anos que já decorreram desde o fim dos testes do rifle de assalto Kalashnikov essa marca já se tornou numa das mais conhecidas no mundo das armas. Hoje podemos dizer que as armas russas já criaram para si uma determinada reputação no mercado americano e noutros mercados estrangeiros, considera Alexei Sorokin, diretor-geral da companhia russa de armamentos Promtekhnologii:
“As armas militares russas têm o seu nicho de mercado no Ocidente. Se trata de armas simples, mas completamente eficazes e de grande fiabilidade. Contudo são bastante baratas.”
Se nos referirmos aos modelos de armas incluídos na lista de artigos para exportação, acarabina 18,5 KS-K, o rifle de precisão SV-99 e a pistola-metralhadora Vityaz-SN, esta última é a que têm melhores hipóteses de entrar no mercado externo. A Vityaz-SN é uma versão modernizada da pistola-metralhadora PP-19 Bizon desenvolvida em 1993.
Os passos para o incremento das exportações são, sem dúvida, importantes para a estabilidade financeira do consórcio Kalashnikov. Entretanto, a política de promoção dos produtos deve ser alterada, considera o perito militar e editor-chefe da revista Natsionalnaya Oborona (Defesa Nacional) Igor Korotchenko:
“O recentemente criado consórcio Kalashikov tem de se tornar numa estrutura eficiente com a sua respetiva marca mundialmente famosa. É bom aumentar a gama de produtos para exportação, mas o mais importante é a criação do consórcio. Para a promoção nos mercados mundiais é necessária uma política coordenada a nível oficial.”
Temos de referir que todos os fabricantes de armamentos mais ou menos importantes passaram por algum tipo de problemas depois do fim da Guerra Fria. Hoje o mercado de armas civis é quem contribui com o maior volume de faturação não só da Kalashnikov, mas também dos maiores fabricantes ocidentais.
Os fabricantes russos encontraram o seu nicho do mercado internacional, mas ele é bastante reduzido. Um sério crescimento dos volumes de produção e de vendas será possível com uma posterior liberalização do mercado interno de armas ligeiras e que ainda se está desenvolvendo em condições de sérias limitações.
Uma liberalização racional, a necessária revisão da legislação e da prática jurídica instituída relativamente ao tiro esportivo, à caça e à autodefesa é uma das condições essenciais tanto para o desenvolvimento do mercado de armas ligeiras, como para o desenvolvimento da produção de armas na Rússia.
Fonte: Voz da Rússia
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