terça-feira, 26 de novembro de 2013

PORTUGAL ESTÁ "A CAMINHO DE UMA NOVA DITADURA"


Um mês antes do Ano Novo, as tensões políticas em Portugal estão subindo visivelmente, num ambiente de declarações bem radicais da parte da oposição e de ações de protesto, organizadas por sindicalistas e vários grupos profissionais.

A demissão do Diretor da Polícia da Segurança Pública portuguesa, no fim da semana passada, foi uma prova de gravidade da situação em Portugal, um país em crise econômico-financeiro que irá receber na próxima semana mais uma visita de inspetores da troika internacional dos credores.

Lembre-se que à noite da quinta-feira passada milhares de membros de várias forças da segurança (da própria polícia, da Guarda Nacional Republicana, do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e outras), ao protestar contra a política do governo, derrubaram a barreira dos seus colegas policias em frente do parlamento português. Os protestantes conseguiram subir a escadaria do prédio e chegar à entrada principal do Palácio de São Bento, residência do parlamento, onde cantaram o hino nacional e depois retiraram-se voluntariamente.

Na sequência deste desenvolvimento, que foi acompanhado, em todo o país, pela televisão ao vivo, o diretor da polícia nacional perdeu o cargo enquanto o Ministro da Administração Interna Miguel Macedo chamou o sucedido “absolutamente inaceitável”.

O protesto policial coincidiu, no dia e na hora, com a conferência "Em defesa da Constituição, da Democracia e do Estado social", convocada em Lisboa pelo veterano da política portuguesa Mário Soares.

Duas vezes presidente do país e também duas vezes primeiro-ministro de Portugal na época pós-Salazar, o fundador do Partido Socialista Mário Soares responsabilizou o atual presidente Cavaco Silva e o governo pela eventual eclosão de uma onda de violência. Fez um apelo para que o presidente e o executivo se demitissem uma vez que (citação de Mário Soares) “a violência está à porta”.

"Estamos a caminho de uma nova ditadura", declarou Mário Soares, aplaudido por conferencistas que integravam, além dos partidos da esquerda, também figuras do Partido Social-Democrata no poder.

No entanto a votação final do orçamento do Estado para o ano 2014, no parlamento português, está agendada para a terça-feira apesar dos protestos de vários segmentos da sociedade. A população denuncia os cortes nos salários e pensões e também nas despesas para a saúde e a educação, previstos no orçamento.

De acordo com o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, as medidas inscritas no orçamento são a "chave" para permitir que Portugal conclua até junho de 2014 seu programa de saída da crise financeira.

A equipa da troika (Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu) regressa a Portugal em 04 de dezembro para o décimo exame regular ao programa de ajustamento. Depois desta avaliação, ficam ainda mais duas, estando previsto o fim do próprio programa para meados do próximo ano.

Autoridades internacionais revelam preocupação com a incerteza na execução do orçamento em questão, para 2014, devido à possibilidade de chumbo de algumas medidas previstas, como já acontecia, por parte do Tribunal Constitucional português.

Fonte: Voz da Rússia

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