quarta-feira, 23 de julho de 2014

APÓS MÍSSIL, EMPRESAS SUSPENDEM VOOS AO PRINCIPAL AEROPORTO DE ISRAEL


Companhias aéreas americanas e europeias suspenderam voos ao aeroporto israelense de Ben Gurion, em Tel Aviv, depois de um míssil disparado desde Gaza ter caído a 1,6 km do local. Duas pessoas ficaram feridas.

A Administração Federal de Aviação dos EUA ordenou que três empresas que voam a Israel - Delta, United e US Airways - suspendam seus voos por 24 horas, e a agência europeia de aviação "recomendou fortemente" que empresas evitem o aeroporto de Tel Aviv.

As companhias europeias Lufthansa, KLM e Air France suspenderam seus voos ao local.

A medida ocorre em meio ao recrudescimento do confronto entre Israel e o grupo Hamas, na Faixa de Gaza, e também a debates internacionais a respeito de voos civis sobre áreas de conflito.

O Ministério de Transporte de Israel pediu que as companhias voltassem atrás na decisão, alegando que o aeroporto é "protegido" e "seguro para pousos e decolagens".

"Não há motivo qualquer para que empresas americanas deixem de voar para cá e deem um prêmio aos terroristas", disse o ministério em comunicado.

O premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, pediu ajuda diretamente ao secretário de Estado dos EUA, John Kerry, para que a suspensão das empresas americanas seja levantada.

A Delta afirma ter desviado a Paris um voo que partiu de Nova York e cujo destino final era Tel Aviv. Tanto a empresa quanto a United disseram que as operações ao Ben Gurion estão suspensas no futuro próximo.

Já a Air France afirmou que um voo a Tel Aviv previsto para quarta-feira foi mantido.

A British Airways informou no Twitter que "está monitorando de perto a situação", mas que os voos "no momento estão operando dentro do planejado".

O episódio ocorre menos de uma semana depois de Israel ter iniciado sua operação terrestre em Gaza e num momento em que companhias aéreas ao redor do mundo repensam suas rotas sobre áreas de conflito, como resposta à queda do avião da Malaysia Airlines no conflagrado leste da Ucrânia.
Gaza

Também nesta terça-feira, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu um cessar-fogo entre Israel e palestinos e um início de diálogo para pôr fim ao conflito em Gaza.

Em uma coletiva conjunta com Binyamin Netanyahu, Ban afirmou que "a ação militar não vai aumentar a segurança de Israel no longo prazo". Aos palestinos, ele disse que é preciso seguir uma política de "não-violência, reconhecimento de Israel e respeito a acordos prévios".

Mais de 600 palestinos (em sua maioria civis) e 30 israelenses (sendo dois civis e 28 soldados) foram mortos nos últimos 14 dias de enfrentamentos, segundo cifras oficiais. O lado palestino tem também 3,6 mil feridos.

Em discurso no Cairo, o secretário John Kerry disse que um plano prévio mediado pelo Egito deve servir de base para um cessar-fogo.

Kerry disse que os Estados Unidos estão preocupados com a quantidade de mortos do lado palestino, mas afirmou apoiar operações militares "apropriadas e legítimas" por parte de Israel.

Ele agregou que os EUA enviarão US$ 47 milhões em ajuda a Gaza, para "aliviar a crise humanitária imediata".

A agência da ONU em Gaza disse que uma de suas escolas, onde cerca de 300 pessoas estavam abrigadas, foi atingida por artilharia israelense na terça-feira. Segundo o organismo, 43% de Gaza foi afetada por desocupações ou declaradas zonas de perigo por conta da ofensiva israelense.

A repórter da BBC na Cidade de Gaza Yolande Knell diz que era possível ver partes de corpos humanos ao lado de um edifício residencial destruído por bombardeios. Duas famílias - 11 pessoas no total - foram mortas.

Israel lançou a ofensiva aérea e terrestre em resposta ao disparo de foguetes do grupo palestino Hamas sobre cidades israelenses. O objetivo, segundo Israel, é destruir a estrutura e os túneis usados pelo Hamas para realizar os ataques.

Os palestinos, por sua vez, pedem o alívio do bloqueio à entrada de bens e combustível em Gaza.

Fonte: BBC Brasil

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