quinta-feira, 31 de julho de 2014

EUA NÃO ESPERAM ÊXITO NA ABERTURA DA “FRENTE ASIÁTICA” CONTRA A RÚSSIA


Os países da Ásia viram-se novamente sob forte pressão dos Estados Unidos. Um emissário do Departamento de Estado dos EUA viaja pelos países da região, convencendo-os às sanções americanas e europeias contra a Rússia.

Ele esteve em Singapura, China, Coreia do Sul e, na sexta-feira, viajará para o Japão. Segundo ele, as possibilidades de êxito não são grandes. Ele reconheceu que dificilmente os países da Ásia aprovarão sanções contra a Rússia.

Desde o início que a China se distanciou dos EUA nesta questão. Mais, durante a primeira onda de sanções contra a Rússia, assinou com ela um acordo de gás no valor de 400 biliões de dólares. E, hoje, os produtores chineses de aparelhagem para o petróleo e o gás reforçam os seus negócios na Rússia.

Tendo isto como pano de fundo, a viagem do emissário americano a Pequim mostrou não passar de um simples passeio. A este propósito, os analistas políticos chamam a atenção para a falta de perspetiva de qualquer pressão dos EUA para anunciar sanções contra a Rússia sobre o Hong-Kong, centro financeiro da Ásia. Ele irá seguir a política de Pequim.

O fator chinês obriga Tóquio a juntar-se aos EUA na questão das sanções contra a Rússia. Os EUA prometeram ao Japão defesa em caso de hipotética agressão chinesa. Depois disso, Tóquio não pode desobedecer ao principal aliado e patrono na questão do anúncio de sanções contra a Rússia, considera Valeri Kistanov, dirigente do Centro de Estudos Nipônicos do Instituto do Extremo Oriente. Ao mesmo tempo, Tóquio não quer e não pode dar-se ao luxo de se zangar seriamente com Moscou:

“O primeiro-ministro Shinzo Abe não quer perder a direção russa e todos os ativos conquistados, que lhe traz pontos. Ele vacila, o Japão vacila. O país tenta tanto não ofender a Rússia, como responder aos americanos da forma que eles querem. Os EUA não estão contentes com isso. Eles exigem dos japoneses sanções mais sérias, e não as formais anunciadas pelo Japão. E este pode renunciar ao petróleo e gás russos? Isso é um perigo mortal para o Japão. Fechar as fábricas de montagem de automóveis na Rússia também é perigoso, trata-se de um golpe desferido na coluna vertebral de toda a economia japonesa. Por isso, agora tem lugar um leilão. O emissário americano volta novamente ao Japão na sexta-feira. Vamos ver como as coisas vão terminar”.

Os EUA não conseguem obrigar a Coreia do Sul a juntar-se ativamente às sanções dos EUA. Em Seul compreendem que as sanções contra a Rússia funcionarão como um bumerangue contra a economia sul-coreana. Mas, ao contrário da Europa, Seul rege-se não por considerações políticas, mas pragmáticas. Além disso, não é vantajoso para a Coreia do Sul juntar-se às sanções contra a Rússia devido ao fator chinês, considera o orientalista Alexander Vorontsov:

“Ao contrário do Japão, a Coreia do Sul tem uma situação significativamente mais calma na política externa. Ela e a China, pelo contrário, melhoram as relações. Ela tenta mesmo manobrar, tenta atraí-la contra a Coreia do Norte. Parece-lhe que conseguiu isso em certa medida. Por isso, ela deve ter de alguma forma em conta a posição da China face às sanções, a outros problemas regionais, incluindo a segurança. E o aumento das sanções contra a Rússia, tanto mais se elas se tornarem coletivas na região, provocarão o aumento da tensão e da instabilidade. A China não quer isso. A Coreia do Sul enveredou pela política de incentivo do construtivismo e de positivismo nas relações sino-sul-coreanas. Por isso, ela inclina-se mais para ter em atenção não as avaliações americanas, mas chinesas da situação regional”.

Hoje, em Nova Deli, John Kerry, o secretário de Estado dos EUA, tentará conseguir da Índia sanções contra a Rússia. Mas, depois de Narenda Modi, novo primeiro-ministro da Índia, ter demonstrado apoio político da Rússia no encontro com o presidente Vladimir Putin, não será fácil convencê-lo a mudar a posição declarada.

Coincidiu que, no dia da chegada de John Kerry na Nova Deli, foi anunciada a criação de um grupo de trabalho russo-indiano para elaborar um mecanismo de utilização das moedas nacionais nas contas bilaterais em vez do dólar americano.

Fonte: Voz da Rússia

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