Confronto continua se concentrando em Lugansk e Donetsk, no leste ucraniano
O Ministro da Defesa da Ucrânia, Valeriy Heletey, disse nesta segunda-feira que o país é palco de uma "grande guerra" provocada pela Rússia, que, segundo ele, teria iniciado uma ofensiva militar de “larga escala” no país vizinho.
A declaração foi feita no mesmo dia em que as autoridades ucranianas admitiram ter perdido o controle sobre o aeroporto de Lugansk (leste da Ucrânia), ao se verem obrigadas a retirarem suas tropas do local – que, dizem, estava sob cerco de tropas russas.
“Uma grande guerra chegou à nossa casa, uma guerra jamais vista na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Infelizmente, as vidas perdidas em guerras como essa chegam não só a centenas, mas a milhares e até dezenas de milhares”, disse Heletey no Facebook.
Ainda de acordo com o Ministro da Defesa ucraniano, o governo russo foi obrigado a começar a intervenção em grande escala porque a força militar da Ucrânia estava “ganhando terreno no leste do país”, onde, além de Lugansk, fica a cidade de Donetsk, outro foco de combates.
Enquanto isso, a Rússia segue negando sua participação militar na Ucrânia e diz que não está enviando soldados para o país vizinho.
A última rodada de negociações para resolver a crise – realizadas em Minsk, capital da Belarus -, envolvendo membros do governo ucraniano e russo, além de líderes dos rebeldes separatistas, terminou sem que se chegasse a nenhum acordo.
Alemanha
Reagindo aos últimos desdobramentos, a chanceler (primeira-ministra) alemã, Angela Merkel, disse que estava claro que os choques no leste da Ucrânia nunca foram uma questão interna ucraniana, mas sim um conflito entre Rússia e Ucrânia.
Merkel ressaltou que Berlin estava pronto para adotar mais uma rodada de sansões contra Moscou, mesmo que isso venha a ter consequências negativas sobre a economia alemã.
O presidente da Alemanha, Joachim Gauck, foi além. Ele disse que a Rússia optou em encerrar sua parceria com a Europa ao buscar impor o que chamou de “nova ordem” no continente.
Por sua vez, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediu à União Europeia que mostre “bom senso” e não siga em uma escalada de sanções contra a Rússia que possam ser mutualmente prejudiciais.
Resposta da Otan
Também nesta segunda-feira, a Otan indicou que planeja criar uma força militar de resposta rápida, mobilizando milhares de soldados, para proteger o leste europeu.
Segundo o secretário-geral da entidade, Anders Fogh Rasmussen, tais tropas poderiam ser mobilizadas no local em apenas 48 horas, se for necessário.
A resposta da Otan vem depois de membros da organização no leste europeu e dos países bálticos terem sinalizado preocupação com o que enxergam como “ambições russas” na sequência da contínua crise na Ucrânia.
Rasmussen disse que todo o apoio militar seria pré-posicionado em países membros da Otan do leste europeu como parte de um “Plano de Ação Instantânea”, que permitiria o rápido envio das tropas.
Isso faria com que a aliança militar do ocidente se tornasse uma presença mais visível no leste da Europa e “reparadora, rápida e mais flexível para se ajustar a todos os tipos de desafios de segurança”, disse o secretário-geral da Otan a jornalistas em Bruxelas.
Rasmussen disse que novas medidas estão sendo tomadas “não porque a Otan quer atacar ninguém, mas porque o perigo e as ameaças estão mais presentes e mais visíveis (…) nós vamos fazer o que for preciso para defender nossos aliados”.
Para o analista diplomático da BBC Jonathan Marcus, a mudança apresentada por Rasmussen é parte de uma reforma mais ampla das forças de reação da Otan que, segundo os funcionários organização, não é exclusivamente ligada a Ucrânia.
“Para uma força dessas ser efetiva, serão necessários testes regulares. Além disso, representantes da Otan dizem que quartéis e outros ‘facilitadores’ (elementos- chave para a logística da ação, por exemplo) precisarão estar perto de áreas de ‘ameaças em potencial’ - o que, na prática, significa as fronteiras leste e sul da Otan.
Fonte: BBC Brasil
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