O Departamento de Comércio dos Estados Unidos divulgou na quinta-feira (2) o relatório anual de Direitos de Propriedade Intelectual (DPI), e mostra que o Brasil continua na “lista negra” de países que transgridem as leis de proteção do país.
O documento, conhecido como “Special
301″, informou que o departamento revisou a situação de 95 parceiros para o
relatório desse ano e classificou 41 deles em 3 listas distintas: País
Estrangeiro Prioritário (Priority Foreign Country), Lista de Observação Prioritária
(Priority Watch List) e Lista de Observação (Watch List).
Vale lembrar que tal “seção 301″ da lei
americana permite que o governo dos EUA adote medidas de retaliação comercial,
independente da OMC autorizar tal ato.
“As ações refletidas no relatório deste
ano enviam uma mensagem para todos os parceiros comerciais sobre o Priority
Watch List e Watch List que os Estados Unidos estão preparados para usar o
processo Special 301 em pleno efeito, tanto para reconhecer a ação positiva e,
sempre que necessário e apropriado, para identificar deterioração da proteção
dos DPI e sistemas de aplicação que desempenham um papel vital no comércio
internacional”, diz o anúncio no site do departamento de comércio americano.
Combate à pirataria
O Brasil ficou na terceira lista (a de países em observação), por “merecer atenção bilateral para resolver os problemas de DPI subjacentes”, ou seja, por não apresentar medidas de proteção suficientes de propriedade intelectual.
O Brasil ficou na terceira lista (a de países em observação), por “merecer atenção bilateral para resolver os problemas de DPI subjacentes”, ou seja, por não apresentar medidas de proteção suficientes de propriedade intelectual.
Segundo o documento, o País progrediu
com relação a 2012, e conduziu “notáveis esforços de aplicação pelo
país sob a coordenação do Conselho Nacional de Combate à
Pirataria”. Ainda assim, o Brasil “continua a experimentar a pirataria
generalizada e falsificação, bem como a disponibilidade de livros pirateados”.
Os Estados Unidos pedem que o
Brasil tomem medidas “para enfrentar o crescente desafio da pirataria na
Internet, e para fortalecer pendentes alterações à sua lei de direitos autorais
para proteger melhor contra as violações de direitos de propriedade intelectual
no ambiente digital”, diz o documento.
Além disso, o departamento pede que
sejam adotadas medidas mais duras com relação à pirataria, como prender e
processar os violadores, além de impor penalidades aos condenados e aumentar a
fiscalização.
O relatório afirma também que os EUA
estão preocupados com produtos farmacêuticos e pede que o País esclareça melhor
sua política com relação a divulgação de testes e outros dados gerados para
liberação de patentes e aprovação da comercialização de produtos farmacêuticos.
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