quinta-feira, 21 de novembro de 2013

JOHN F. KENNEDY FOI ASSASSINADO PELA CIA E PELA MÁFIA


A comissão de investigação dos assassinatos do Congresso dos EUA, instituída em 1976, descobriu o rasto dos verdadeiros assassinos do presidente Kennedy, mas a CIA recorreu ao poder que detém para encerrar as investigações, diz o jornalista de investigação e escritor David Talbot. Numa entrevista exclusiva à Voz da Rússia o autor do livro "Irmãos – A História Oculta dos Anos Kennedy" explicou quem é o verdadeiro culpado pela morte de John F. Kennedy.

- Qual é afinal a versão do assassinato de JFK que o senhor apoia pessoalmente, qual é a teoria que lhe parece mais plausível e porquê? Ou talvez você tenha construído a sua própria versão dos acontecimentos ocorridos em Dallas em 1963?

- Penso que agora, passados cinquenta anos, se tornou bastante evidente que o presidente Kennedy foi vítima de uma conspiração a alto nível dentro do seu próprio governo. A presidência Kennedy ficou dividida pela questão da Guerra Fria. Enquanto Kennedy, que estava bastante preocupado quanto à possibilidade de uma guerra nuclear contra a União Soviética estava determinado a acabar com a Guerra Fria em conjunto com o primeiro-ministro Khrushchov.

Realmente, depois dos terríveis acontecimentos de Dallas e morte do presidente Kennedy, o seu próprio irmão Robert Kennedy, que era o Procurador-Geral dos Estados Unidos, e a viúva do presidente Jacqueline Kennedy enviaram a Moscou um amigo da família chamado William Walton para que este transmitisse ao premiê Khrushchov que eles não culpavam os russos pelo sucedido. Eles sabiam inclusivamente que estava a decorrer uma campanha propagandística apoiada pela CIA para associar o alegado assassino Lee Harvey Oswald aos comunistas.

Apesar dessa campanha, os Kennedy acreditavam que a conspiração que tirou a vida ao presidente Kennedy era realmente uma conspiração interna dos EUA envolvendo a CIA e o crime organizado. Eu acredito que Robert Kennedy, que ocupava nessa altura o mais alto cargo judicial do país, estava certo quanto às suas suspeitas.

- Então o senhor não apoia a teoria oficial de que Oswald tenha sido um assassino solitário?

- Não. A teoria oficial desenvolvida inicialmente pela Comissão Warren foi uma fachada. Essa foi a intenção da Comissão Warren desde o início, não foi descobrir a verdade. Eles próprios o afirmaram: o presidente do Supremo Tribunal Federal Earl Warren, que tinha sido nomeado pelo presidente Johnson para liderar a comissão, disse inclusivamente aos seus investigadores, quando se encontrou com eles pela primeira vez, que o seu trabalho não era descobrir a verdade, mas conter a verdade, encobri-la, porque eles sentiam que a verdade podia ser demasiado explosiva. Foi o que a comissão fez. Ela encobriu e encontrou um bode expiatório apropriado, o Lee Harvey Oswald.

Oswald nunca se vangloriou, como a maioria dos assassinos que se orgulham de ter morto um chefe de Estado, eles se orgulham disso e anunciam-no a todo o mundo, é o seu momento de glória. Lee Harvey Oswald, contudo, nunca o reivindicou, na realidade ele negou-o até ao fim da sua vida. Ele dizia que foi um trouxa, um bode expiatório. Isso é o que eu acredito que ele foi.

- Porque foi a Comissão de Investigação dos Assassinatos da Câmara dos Representantes nomeada só em 1976, 13 anos depois do assassinato de Kennedy? Estaria isso ligado de alguma forma às ações do presidente Ford contra a CIA e o FBI e à investigação da CIA pela Comissão Church? O que pensa disso?

- Eu penso que, 10-15 anos após o assassinato do presidente Kennedy, na América teve início um processo de descoberta da verdade. Isso foi um resultado da crise do sistema político dos EUA provocada pela Guerra do Vietnã e pelo escândalo do Watergate durante a administração do presidente Richard Nixon. Por causa precisamente dessa crise, o próprio sistema começou a abrir brechas e a verdade começou a despontar.

O presidente Ford e a sua administração reuniram uma comissão chefiada pelo seu vice-presidente Nelson Rockefeller para iniciar a investigação de alguns dos escândalos que envolviam a CIA. Isso foi alegadamente mais um encobrimento. Mas depois, com o senador Frank Church, no ano seguinte mais verdades começaram se descobrindo. Finalmente, e porque começou a existir muita pressão política e da opinião pública para que fosse revelada a verdade sobre os escândalos da CIA e sobre a possível ligação da CIA e do crime organizado ao assassinato do presidente Kennedy, foi criada uma comissão do Congresso, o Comitê Seleto da Câmara para os Assassinatos.

Este apresentou o seu relatório em 1979 e esse relatório foi explosivo. A maioria das pessoas na América, para não falar no resto do mundo, não estão a par desse relatório. Mas este relatório da Comissão do Congresso de 1979 desmentiu a versão oficial sobre o assassinato de JFK produzida pela Comissão Warren.

Nele se refere que o presidente Kennedy foi morto em resultado de uma conspiração. Infelizmente, porque a CIA se opôs ao Comitê e devido à cobardia da mídia e à cobardia do Congresso, o Comitê não foi autorizado a terminar os seus trabalhos e a completar a investigação. Mas eles estavam claramente no caminho certo, eles estavam a investigar a CIA e o crime organizado. Com certeza que a CIA e a máfia se uniram, como sabemos atualmente, para tentar assassinar Fidel Castro no início dos anos 60. A CIA e a máfia colaboraram numa extensa lista de operações por todo o globo. E eu acredito, assim como penso que o Comitê acreditou, que a operação de assassinatos que envolvia a CIA e a Máfia regressou a casa, para os Estados Unidos, para matar o seu próprio presidente, John Kennedy.

Fonte: Voz da Rússia

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