segunda-feira, 14 de julho de 2014

EM BUENOS AIRES, 'TRISTEZA' SE MISTURA A 'ORGULHO' POR SELEÇÃO ARGENTINA



Um clima de tristeza tomou conta da torcida concentrada neste domingo na Plaza San Martín e no Obelisco, no centro de Buenos Aires, onde foram montados telões que transmitiam ao vivo a final entre Argentina e Alemanha no Maracanã. No fim da noite, houve episódios isolados de violência entre torcedores e a polícia.

Em meio às lágrimas, alguns torcedores não conseguiam nem comentar a derrota da seleção argentina por 1 a 0.

"Não, não, por favor. É muita tristeza", disse um rapaz de cerca de 30 anos.

"Nós somos do sul da Argentina, mas viemos de ônibus porque queríamos apoiar a nossa seleção daqui de Buenos Aires. Mas não deu", disse Jorgelina Alvarez, uma senhora de 60 anos.

Em meio à multidão que levava bandeiras amarradas no pescoço, chapéu e cornetas, era difícil encontrar, logo após o jogo, quem dissesse algo diferente.

"Tenho 65 anos e a vitória daria muitas alegrias ao nosso país", disse o comerciante Josué Gomez.

Aos poucos, os que estavam na Plaza San Martín começavam a caminhar até os pontos de ônibus ou em busca de um táxi para voltar para casa.

Outros, a maioria jovem, diziam que ficariam no Obelisco, ponto central da cidade, para comemorar o "bom desempenho" da seleção argentina na Copa e homenagear os jogadores.

Grupos de jovens gritavam: "Argentina, Argentina. Nossos jogadores merecem nosso apoio". Outros cantavam um hit de outros Mundiais. "Vamos, Vamos Argentina, a ganhar".
Braços abertos

Argentinos foram às lágrimas na capital Buenos Aires

O clima de celebração pelo bom desempenho de uma seleção que surpreendeu os argentinos deve dominar também a recepção dos jogadores, que voltam para casa nesta segunda-feira.

"Quando a Copa começou, eu não levava a menor fé na nossa seleção. Mas ela chegou até aqui e jogou muito bem contra a Alemanha. Amanhã estarei esperando os jogadores de braços abertos. E não vou ser a única", disse Nancy Espindola, de 30 anos.

As amigas Lorena Diaz, de 23 anos, e Maru Villana, de 29 anos, ainda tinham olhos marejados, quase meia hora depois da derrota para a Alemanha.

"Foi triste demais perder. Chegamos tão perto. Teria sido muito bom. Mas não deu", disse Lorena. "Agora é torcer para a próxima", completou Maru.

Logo depois do resultado, houve um silêncio no centro da cidade. Algumas pessoas ficaram sentadas no chão como se não acreditassem que o sonho de erguer a Copa tinha terminado.

Logo cedo os principais jornais do país, Clarín e La Nación, diziam que a conquista do Mundial era um "sonho" esperado desde 1986, quando a Argentina foi bicampeã na Copa do México como polêmico gol da 'mão de Maradona'.

Antes de o jogo terminar, um grupo de estudantes adolescentes disse que se a Argentina vencesse seria "uma revolução".

Adela Gomez, de 16 anos, Micaela Molina, de 17, Camila Fernández, de 16 anos, Micaela Gomez, de 17 anos, disseram que também não esperavam ver a Argentina "chegar tão longe". "Se ganhar será uma revolução de lágrimas e de alegrias", disse Adela. O país voltou à final da Copa após 24 anos.

Messi

Milhares de argentinos acreditavam na vitória, que não veio

O taxista Carlos Toledo lamentou, porém, que a Copa deixou na sua visão uma surpresa. "Fiquei impressionado com a agressividade dos brasileiros com a gente, argentinos. É uma pena mesmo".

Um grupo de torcedores que viajou para o Rio de Janeiro disse à emissora de televisão estatal Canal Sete que "esperava mais de Messi". "Eu achei que esse ia ser o Mundial de Messi, mas não foi", disse um deles.

"Volto triste para casa porque foi um clima desnecessariamente triste com os brasileiros. Eles debocharam da gente, torceram para a Alemanha depois de perder de 7 a 1. Não deu pra entender o comportamento brasileiro", disse outro, diante da câmera da TV.
Violência


Polícia detém torcedores em Buenos Aires

No fim da noite, houve confrontos entre a polícia e alguns torcedores. Segundo a agência de notícias AP, eles destruíram fachadas de lojas, quebraram postes públicos e chegaram até a invadir um teatro.

Pelo menos 60 pessoas foram detidas, em sua maioria jovens, informaram as autoridades de Buenos Aires. Vinte policiais ficaram feridos na operação.

Segundo a polícia, torcedores encapuzados e alcoolizados iniciaram o quebra-quebra, provocando tumulto no centro da cidade. Em pânico, pais com filhos pequenos podiam ser vistos fugindo do local.

Fonte: BBC Brasil

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