quinta-feira, 14 de agosto de 2014

ACIDENTES COM AVIÕES PEQUENOS SÃO MAIS FREQUENTES E MATAM MAIS NO BRASIL


Aviões de pequeno porte como o usado pelo candidato à presidência Eduardo Campos (PSB) se envolvem em mais acidentes e matam mais no Brasil.

O avião usado por Campos caiu na manhã desta quarta-feira, por volta das 10h, em Santos, no litoral paulista, depois de tentar pousar sem sucesso e arremeter.

Acidentes com aviões de carreira costumam ganhar mais destaque -só neste ano, dois aviões da Malaysia Airlines se acidentaram, um na Ucrânia e um a caminho da China.

Mas, pelo menos no Brasil, são aeronaves como a de Campos, que não realizam voos comerciais regulares, que respondem por 98% dos acidentes.

Os dados estão em um levantamento feito pelo Cenipa, órgão de investigação de aviação do país, com base em acidentes de 2003 a 2012.

O balanço mostra que, dos 1.026 acidentes ocorridos neste período, apenas 2% envolviam companhias que fazem voos regulares, com aviões maiores. A maioria destes acidentes foi com táxis-aéreos, aeronaves agrícolas e de instrução de voo.
Frota menor

A disparidade se explica, em parte, porque a frota das grandes companhias é muito menor - em 2013, segundo dados da Anac, apenas 3% das aeronaves registradas no país eram de grandes aviões.

Parte da frota de aviões menores, no entanto, voa raramente, enquanto os aviões maiores estão constantemente em operação, o que aumenta a possibilidade de acidentes.

Mas, segundo o professor Paulo Celso Greco Junior, do Departamento de Engenharia Aeronáutica da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP), dois outros fatores ajudam a compreender esta situação.

Primeiro, aeronaves menores não têm tantos dispositivos de segurança quanto as maiores - em parte, por restrições financeiras, que fazem com que os usuários não os instalem, mas também por falta de viabilidade técnica para a instalação. Por este motivo, costumam ser mais sensíveis a problemas meteorológicos, por exemplo.
Aviões experimentais

Além disso, segundo Greco Junior, há muitos aviões experimentais no país, para uso esportivo e, muitas vezes, projetados pelos próprios pilotos. Menos seguros, eles se envolvem em muitos acidentes.

"No geral, todas as aeronaves certificadas (não experimentais) têm o mesmo nível de segurança, quando respeitadas suas limitações. Só algumas delas podem voar em certas condições meteorológicas, por exemplo".

A aeronave Cessna, em que viajava Eduardo Campos, tem recursos avançados e é "extremamente segura", segundo Grecco Junior.

Com mais acidentes, os aviões menores também mataram mais pessoas. No período analisado, 581 pessoas morreram neste tipo de aeronave, ou 59% do total. Já nos grandes aviões, foram 402.

Dois grandes acidentes aéreos foram registrados no Brasil na última década, em 2006 e 2007, com as companhias Gol e Tam.

O último acidente com companhia regular, segundo o Cenipa, ocorreu em 2011, quando um avião da NoAr caiu em Pernambuco, deixando 16 mortos.

Fonte: BBC Brasil

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