Em recente entrevista à rádio BBC, o antigo Segundo Comandante Supremo Aliado da OTAN na Europa, general Sir Richard Shirreff, declarou que a Europa Ocidental poderá com dificuldade proteger-se no caso de uma agressão russa e que, para responder à Rússia, os países da Aliança devem proceder ao rearmamento em grande escala. Em suas palavras, os países da Europa “fizeram dinamitar seu potencial militar”, devendo “meter a mão no seu bolso e gastar dinheiro para a defesa”.
Shirreff destacou ainda a diferença entre as palavras do comando da OTAN e seus planos práticos. Para a OTAN “será muito difícil pôr em ação forças necessárias, de aéreas a marítimas, mas sobretudo as tropas terrestres para resistir a qualquer aventura russa”. O presidente da Academia de Problemas Geopolíticos, Konstantin Sivkov, considera que a declaração do general, que até março último era o britânico mais altamente colocado nas estruturas da OTAN, não tem nada a ver com a realidade:
“Shirreff está criando condições morais e psicológicas para garantir intensificação do agrupamento das forças terrestres da OTAN. Atualmente, passando para a formação por contrato, as forças armadas da OTAN tornaram-se de fato mais fracas. Mas quanto à composição combativa, o agrupamento militar dos países da Aliança supera em várias vezes as forças russas e as conversas de que esse componente será fraco e incapacitado não são mais que um absurdo. Trata-se apenas de um motivo informativo para estimular a histeria militar nos países da Europa e nos EUA”.
Em palavras do perito, tais declarações, por mais estranho que seja, são vantajosas para as autoridades americanas e europeias que tencionam formar nos seus povos uma ideia de que a Rússia seja um monstro terrível que aspira a subjugar militarmente a Europa. Para isso é necessário provar que as forças armadas russas são muito potentes, porque é impossível sem quaisquer explicações cortar as despesas sociais a favor da capacidade defensiva.
Ao mesmo tempo, Shirreff apontou que atualmente o tema do rearmamento não é popular na Europa. O Velho Continente considera prioritário resolver os problemas econômicos. Mas o nosso perito defende que a intervenção do general é norteada contudo em primeiro lugar para os cidadãos europeus:
“Há muito que a América apresenta reclamações à Europa afirmando que ela dispensa pouco dinheiro para o rearmamento. Essa intervenção e algumas outras ações testemunham que a direção americana tenta obrigar os políticos europeus a abrirem a bolsa para comprar novos armamentos. A Europa canalizaria com prazer esse dinheiro, se a situação econômica seja mais favorável. Por causa dos recentes acontecimentos, países europeus já perderam montantes consideráveis ao declarar sanções contra a Rússia sob pressão dos Estados Unidos”.
Pelo visto, as declarações de Richard Shirreff não são mais que uma farsa. Este é um dos elementos de influência na direção política europeia. Mas, como se costuma, o principal papel será desempenhado pelas conversas nos corredores, quando diplomatas americanos vão convencer a direção europeia da necessidade de aumentar as despesas militares.
Em palavras do perito, não se deve esperar um rearmamento de envergadura, sendo real contudo manter as despesas militares ao mesmo nível ou aumentá-las um pouco.
Fonte: Voz da Rússia
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