Iniciativa tem o
objetivo de combater práticas que submetem pessoas a trabalhos forçados e a
abusos sexuais.
A Google anunciou a doação de US$ 3 milhões para três instituições
dedicadas a combater o tráfico de humanos ao redor do planeta. Com isso, foi
criada oficialmente nesta semana a Google Global Human Trafficking Hotline
Network, rede dedicada a fiscalizar e acabar com atividades de trabalho forçado
ou em condições de semiescravatura.
Segundo dados divulgados pela empresa, atualmente cerca de 21 milhões de
pessoas espalhadas pelo planeta têm que lidar com esse tipo de condição
degradante. Dados da Iniciativa Global para Lutar contra o Tráfico Humano, das
Nações Unidas, indicam que 2,5 milhões de trabalhadores são forçados a exercer
suas funções — 56% desses casos estão concentrados no continente asiático.
A maioria dos indivíduos vítimas desse tipo de atividade ilegal possui
entre 18 e 24 anos, sendo que ao menos 43% deles sofre algum tipo de abuso
sexual. Vale notar que todos os dados são baseados somente em estimativas, e há
chances de que esses números sejam ainda maiores do que os apurados.
Banco de dados com informações globais
A Google espera que, ao integrar as atividades de grupos espalhados por
diversos cantos do globo, se torne mais fácil fiscalizar e combater o tráfico
de humanos. Cada caso registrado pela iniciativa vai contar com informações que
incluem a localização e as circunstâncias nas quais eles ocorreram — a
expectativa é que isso ajude na resolução de problemas e na detecção de áreas
de risco.
“Olhando para os dados existentes, descobrimos que o número de registros
de denúncias envolvendo abuso sexual nos Estados Unidos dobra nas
quartas-feiras”, declarou Jared Cohen, diretor do Google Ideais. Segundo ele,
isso demonstra a eficiência da iniciativa em detectar padrões que poderiam
passar batidos em um primeiro momento.
A ferramenta de análise usada pela iniciativa é fruto de uma doação da
Palantir Technologies, agência criada por especialistas em detectar ações
fraudulentas nos Estados Unidos. Também participam do projeto a Salesforce.com
e a Polaris, que auxiliam na coleta de dados a partir de ligações contendo
denúncias.
Ajuda à humanidade
“Somente porque direitos humanos foram destruídos, não quer dizer que as
liberdades civis e a tecnologia podem ser extirpadas”, declarou Jason Payne,
chefe de filantropia da Palantir Technologies. “Quando falamos sobre a
construção de um banco de dados colaborativo, é muito importante pensar sobre a
responsabilidade que temos em se certificar que somente as pessoas corretas
podem ter acesso a essas informações. Especialmente quando começamos a tratar
de dados pessoais como números de telefone, nomes etc.”, complementa.
Quando os métodos de controle adequados estiveram funcionando, a
iniciativa pode ajudar a dar fim a uma indústria global responsável pela
movimentação de US$ 21 bilhões a cada ano. Operando nas sombras, empresas e
indivíduos que exploram mão de obra escrava se vêm livre de controles e regras
estabelecidas por fronteiras e forças policias.
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