Mais um massacre foi denunciado
pelo Observatório dos Direitos Humanos, no mesmo dia em que o líder do
principal grupo da oposição se demitiu perante a "impacção" da
comunidade internacional.
Mulheres e crianças estarão entre as mais de 80 pessoas
mortas pelas forças sírias na tomada de Jdeydet al-Fadel, nos arredores da
capital Damasco. Entre elas, há vítimas de bombardeamentos mas também de
execuções sumárias, de acordo com o Observatório para os Direitos Humanos, uma
ONG com sede no Reino Unido, que diz ter provas da morte de pelo menos 80
vítimas.
Esta
ONG conta com uma rede de ativistas e médicos por todo o país e diz que muito
mais pessoas poderão ter morrido na batalha de quatro dias por Jdeydet al-Fadel
numa zona que tem sido palco de violentos confrontos. No sábado, os rebeldes da
oposição recuaram por falta de munições. Domingo de manhã, as forças
governamentais estavam em domínio absoluto da localidade.
No
mesmo dia, Moaz al-Khatib, presidente do principal grupo da oposição síria, a
Coligação Nacional Síria, demitia-se. Na sua página do Facebook anunciou a
demissão e escreveu: “Quando um pássaro está na sua gaiola, permanece preso e
paralisado. Ontem [domingo] saí da gaiola da decepção em que me encontrava.”
“Decepção”, terá explicado um membro do partido Marwan Hajjo, relacionada com a
posição da comunidade internacional e a sua “falta de ação real em defesa do
povo sírio”.
“A
comunidade internacional, o grupo dos Amigos da Síria [grupo de governos árabes
e ocidentais que apoiam a oposição], devia estar a fornecer armamento pesado
que permitisse aos sírios defender-se”, afirmou Hajjo.
Sábado,
véspera do anúncio da demissão e da informação sobre o massacre de Jdeydet
al-Fadel, o secretário de Estado norte-americano John Kerry descreveu como
“horrenda” a situação na Síria e anunciou numa conferência em Istambul a
duplicação da ajuda financeira americana aos rebeldes da Síria para 123 milhões
de dólares (cerca de 95 milhões de euros) mas a ajuda militar letal continua a
ficar condicionada pelo receio manifestado por Washington e União Europeia de
que as armas cheguem ao poder de extremistas ligados à Al-Qaeda.
Em
Março – que foi, também segundo ao Observatório dos Direitos Humanos, o
mês mais mortífero (com 6000 mortes) desde o início da revolta, em Março de
2011, contra o Presidente sírio Bashar al-Assad – Moaz al-Khatib tinha querido
demitir-se. Agora, será definitivo.
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